
NÓS E LAÇOS
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O nó (do latim nodu) é um laço apertado que pode ser feito com fita, linha, corda ou tecido. Os nós e os laços a que nos reportamos, tratam-se de pormenores de vestuário que valorizam a peça onde se inserem.
Que importância pode ter um laço? É o que vamos ver através dos modelos de costureiros, artesãos do mundo actual, que tornam a moda no fenómeno cultural mais difundido, apesar de ser o mais efémero da nossa época.
Usando os mais diversificados tecidos e modelos, esta moda onde avultam os nós e laços com pontas simples, e/ou duplas, pode ser entendida de várias maneiras se quisermos “ler” o seu simbolismo e valor alegórico.
Evidentemente que a moda dos laços não vem de hoje nem de ontem, pois a história do traje dá-nos belíssimos exemplos de como este elemento satisfazia os caprichos da moda (por vezes exageradamente) de todas as cortes europeias, principalmente nos modelos renascentistas usados por Isabel I de Inglaterra e também por Eleonora Gonzaga, duquesa de Urbino, cujo vestido ficou imortalizado no seu retrato da autoria de Ticiano.
De sublinhar que nos períodos conhecidos por “Restauração” (1820 a 1829); “Romantismo” (1834 a 1844); “Novo Rocaille” (1852 a 1865); tal como aprendi com o Prof. Giorgio Marangoni, os laços foram sempre um sinal da graça feminina que se deve enfatizar.
Tratados em linguagem moderna, os laços que apresentamos agora, foram beber à fonte do eclectismo dos estilos dos séc. XIX e XX e têm tal importância que representam o mundo que o vestuário e o calçado quer abarcar, em todos os quadrantes, num sincretismo universal que se prende com espiritualidade e mensagens ambivalentes de poesia, estética e elegância.
Marionela Gusmão