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Pompeia I Em exposição em Paris

Fresco com Nereida sobre um cavalo

Fresco representando Vénus. Séc. I – a. C.

A descoberta de um fresco com Adónis e Vénus. - Séc. I

Livia – 2 – R.M.N

Livia – R.M.N – Grand Palais - Paris

“Lararium” - espaço para culto doméstico

Retrato de figura feminina com possibilidade de representar a “maitress” (proprietária?)

Reconstrução de uma rua pompeiana (Gedeon)

Vista de uma Via Fortuna Pompeia (Gedeon)

Vista das escavações em curso na Regio Pompeia (Gedeon)

Um sítio arqueológico único num local paradisíaco, ponto alto, donde se avista o mar.

Desde a descoberta de suas ruínas enterradas, a fascinante cidade de Pompeia surpreende até os arqueólogos que ainda hoje continuam a trabalhar no caminho de mais descobertas sob os escombros que as lavas do Vesúvio entornaram no ano 79 d.C.  Rico em séculos de história, um caldeirão de populações mediterrânicas, Pompeia prosperou na Antiguidade sob o domínio romano, graças ao seu comércio e terras férteis. A arte floresceu em Pompeia, embelezada por Roma e uma burguesia rica que desapareceu da noite para o dia na hecatombe que anulou o destino de uma cidade, destruiu vidas e causou uma perda enorme de um património difícil de refazer. No entanto, a erupção do Vesúvio, que devastou e aniquilou a cidade romana, escondeu-a  no tempo e preservou-a, escondendo as suas vivências, riquezas, maravilhas de artes decorativas e plásticas ao longo dos séculos que se seguiram. Agora é o mais extraordinário testemunho dos esplendores de Roma. Em nenhum outro lugar houve uma coleção tão rica de obras de arte antigas.

Este importante sítio arqueológico está inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO e é visitado, anualmente, por quase quatro milhões de visitantes, entre os quais me incluo no ano de 1970 acompanhada do meu marido.

Porém, Pompeia há muito tempo sofre com a falta de recursos financeiros. O colapso da Casa dos gladiadores, em 2010, alertaram a comunidade internacional para a necessidade urgente de preservar as mais famosas ruínas. Desde esse incidente, um grande projeto foi lançado para proteger e restaurar o “sítio”, além de escavações em grande escala, que não são vistas há mais de 60 anos e que resultaram na descoberta de um novo distrito. Algumas descobertas excederam em muito as expectativas iniciais dos arqueólogos, a saber:

 

um retrato impressionante de mulher perfeitamente preservado;

frescos representando cenas de animais;

a imagem de uma divindade;

objetos de artes e ofícios;

mosaicos excepcionais;

esqueletos humanos, (vítimas do desastre)

e, muito mais...

 

As descobertas tornaram possível refinar o conhecimento sobre este local icónico da civilização romana, revelando ainda mais a sua história e trazendo à luz do dia novas obras de grande beleza.

Para compartilhar essas descobertas históricas com o público, a Reunião des Musées Nationaux - Grand Palais oferece uma exposição digital emersiva: uma vitrine espetacular e impressionante de Pompeia através de um novo tipo de experiência.

Para criar essa experiência, o Rmn-GP fez uma parceria com o Sítio Arqueológico de Pompeia e GEDEON Programs, líder francês em documentário arqueológico e patrimonial, que empregou tecnologias avançadas no local (mapeamento a laser, termografia por infravermelho, fotogrametria etc.) para produzir imagens de alta resolução e reconstruções 3D com extrema precisão.

 

Quem não tiver possibilidades de ir a Pompeia não deve perder esta exposição.

 

Contudo, Moda & Moda além de sugerir uma visita a Roma para observar com toda a atenção o que ali lhe é oferecido, deve incluir nos próximos projectos dos leitores uma ida àquela zona da Campania, onde deve visitar Nápoles e todo o seu maravilhoso património para de seguida ir a Pompeia respirar, sentir, olhar os esplendores da arte romana que ficou submersa pela lava do Vesúvio, mas que hoje se pode ver e admirar. Para quem gosta de “souvenires” aconselha-se uma visita a Sorrento e a Capri e ao seu mar mais azul que o de Setúbal. Num curto espaço de tempo, o nosso espírito fica maravilhado, as nossas papilas gustativas muito felizes com um almoço de marisco, em Nápoles, e uma entrada no paraíso… em Capri!

Evidentemente que Pompeia deve ser o ponto fulcral da sua ida à Campania onde estão as ruínas romanas mais fabulosas do mundo.

Coragem!

Entretanto, para já, Paris espera pelos nossos leitores. É mais perto e mais simples para um primeiro contacto com a arte romana.

 

 

Marionela Gusmão

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