
Paulo Azenha 20 Anos I Em Exposição no Museu do Traje

Paulo Azenha, Marionela Gusmão e a Drª. Clara Vaz Pinto no momento da chegada do Bolo do 40º. Aniversário do Museu do Trajo. Felizmente chegou a Drª. Madalena Braz Teixeira, mas faltaram a Drª. Natália Correia Guedes, minha velha amiga, a Drª. Ana Brandão, a Drª. Teresa Sérgio, a Catarina Gomes Ferreira, a Dona Maria José Taxinha e muitos dos que ajudaram a erguer o Museu Nacional do Traje, onde não me falta uma palavra de saudade para o Sr. Eduardo, o antigo mordomo da Marquesa que habitou o Palácio e que era um homem de um trato recomendável.

Paulo Azenha durante o seu discurso de Boas Vindas aos convidados onde abordou um pouco da história dos seus 20 Anos de carreira. À sua direita, Marionela Gusmão, directora da revista Moda & Moda, em suporte de papel, que dirige desde 1984. e online há quase cinco anos..









O costureiro Paulo Azenha que a revista Moda & Moda admira desde o início da sua carreira, inaugurou, no dia no dia 10 de Outubro do ano em curso, a Exposição de 20 Anos da sua obra com vários apontamentos dos seus trabalhos de Costura e de Calçado.
Paulo Azenha sempre foi um fã incondicional da Moda & Moda e a sua directora retribuía-lhe o mesmo encantamento.
Hoje, recorda-se aqui a grande festa organizada por Paulo Cardoso, na Rua de S. Marçal, numa noite quente de verão, onde Isabel Angelino vestiu um modelo branco com flores: uma maravilha! Também nos agradou nessa noite ver as páginas da Moda & Moda a servirem de suporte a um casaco fabuloso. Essas páginas vinham impressas com quadros maravilhosos de uma exposição de pintura na cidade de Paris.
E em relação ao Museu do Traje podia evocar momentos da grande alegria que vivi durante a fundação desse espaço, colaborando com a Drª. Natália Correia Guedes desde o 1º. momento até à exposição do Ano Internacional da Criança, em 1979, dando muito de mim através do trabalho de várias salas e muito em especial nas Casinhas das Bonecas, além de muitos empréstimos de peças da minha colecção particular.
O convite da Drª. Clara Vaz Pinto, actual directora do Museu Nacional do Traje, é uma réstia de luz no relacionamento de Marionela Gusmão com o Museu. Mas, o Paulo Azenha, sem o saber, impulsionou este regresso, embora já tenha colaborado com a Drª. Clara quando emprestei as minhas peças de Yves Saint Laurent e de Loulou de la Falaise, ambos grandes amigos que guardo no coração.
Para mim, Paulo Azenha mais que um costureiro é um artista completíssimo que desenha primorosamente desde muito jovem.
Na obra de Paulo Azenha há um pouco das melhores inspirações dos mestres da Costura francesa que o precederam.
Paulo não é um costureiro com um estilo. A sua exuberante criatividade leva-o onde quer, tornando-se tão multidisciplinar que é difícil mesmo a um “olho experiente” situá-lo num período, numa fase A ou B. Paulo Azenha é igual a si próprio.
Agrada-nos reconhecer o seu talento e ver a sua obra exposta no Museu a quem demos muito da nossa alma, trabalhando horas a fio pela noite dentro, dando vida a peças que estavam mortas.
Felicito a Drª. Clara Vaz Pinto pela forma ousada como expôs os vestidos, como montou toda a exposição do princípio ao fim. Parabéns!
Parabéns ao Paulo Azenha, figura da moda que na sua deslocação para Paris se foi afastando dos portugueses e, como é natural, da imprensa a quem não dava notícias.
Destaque para o Catálogo que está um primor em todos os campos e que honra os 40 Anos do Museu do Traje. Museu e Paulo Azenha, merecem-se. Fascinou-me ver as páginas dos Três Primeiros Anos (1997-2000); o destaque dado à COR e às FLORES dois dos fascínios do Paulo; a maneira como foi escolhido o trabalho para mostrar como um mestre da cor consegue dar uma especial poesia ao PRETO & BRANCO; a grandeza de alma como o tema ARTE, foi tratado.
Aconselho vivamente todos os nossos leitores a deslocarem-se ao Lumiar (ao velho palácio do Marquês de Angeja) onde está implantado o Museu Nacional do Traje.
Vale a pena ver a obra do nosso mestre Paulo Azenha.
Aqui ficam os meus aplausos e um muito obrigado sincero pela deferência de ter exigido fazer o seu discurso inaugural comigo à sua direita. Foi uma honra que registo com carinho. Nesta fase do salve-se quem puder, encontrar quem nos reconheça é quase um prémio que saboreamos com felicidade. Bem-haja.
No apontamento dos modelos que apresento vai um destaque para a perfeição dos pormenores. Quem sabe, sabe!
Mil Parabéns, mestre Paulo Azenha!
Marionela Gusmão