
Dia dos Namorados I Comemorar o AMOR

O AMOR DOS 15 AOS 20
Quando se vive entre os 15 e os 20 anos de idade, o amor para uma rapariga ou um rapaz é tão puro como as águas que pediram a cor emprestada às turquesas ou como as flores cor-de-rosa que nesta ocasião do ano adornam as cameleiras do Parque de Sintra ou dos jardins açorianos. O amor é como o Sol que nasce todas as manhãs fazendo evoluir um arco rosa que sai do mar até receber a cor acariciante, cuja pureza os namorados entendem apenas com a troca de olhares.
O amor é lindo. Ela, diz-lhe: “o teu cabelo é meu” enquanto acaricia uma melena descuidada que lhe quer esconder o olhar… Ele, mais atrevido diz:-lhe: “ o teu corpo é o meu encanto”. Ela baixa os olhos e fica ruborizada.
As histórias dos namorados, regra geral, começam assim: troca de olhares enquanto se consegue escutar os murmúrios das folhagens e a leveza do suspirar de uma cascata límpida.
Sentir que o altruísmo é a música mais bela do amor…
Depois de ambos entenderem que os lábios devem atacar a vida como um fruto proibido, o primeiro beijo é chancela dos namorados dos 15 aos 20 anos de idade.
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Dos 21 aos 30 anos
Ela, jovem ainda, já tem a sua carreira académica quase terminada, mas como vamos desfilar a vida de casais dos 21 aos 30 anos, há tempo de cada um dos dois já ter entendido que em cada cascata límpida, há a esperança de acreditar em todas as possíveis primaveras.
Começa a ser tempo de usar a voz e caminhar seguindo a errância dos passos. Tempo de mergulhar no outro como quem dá de si e se traduz.
Ambos vivem o tempo do prelúdio que se sagra, de forma surpreendente, em cada dia.
Se os pais apoiam o namoro tanto melhor, mas a decisão é dela e dele. Se ambos projectam nos seus corpos, nos seus sonhos, as cores do arco-íris e sentem-se cúmplices em todos os aspectos da vida, o melhor é não adiar o casamento para cantarem o hino à vida que os seus antepassados já foram exemplo…
No olhar dela, a transparência nada esconde…. No olhar dele as cores do arco-íris projectam a cumplicidade que os enleia.
Que música se escolhe para o dia do enlace? A Avé Maria de Schubert? Muito provavelmente!
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31 aos 40 anos
Todos os casais do mundo inauguram um tempo novo. Há uma linha de ouro que resplandece nos olhares. Há o sorriso dos filhos que já nasceram e a felicidade com que se aguarda os que ainda se esperam…
Vive-se o tempo da construção dos sonhos e das realidades. A Primavera de 2018, daqui a pouco mais de um mês, enche-nos todos de mais esperanças e a vida agita todas as paixões e as flores que temos em nós, nesta capacidade única de céus azul madrugada, azul do meio-dia, do meio da tarde, do cair da noite…
É a vida, dizem os mais velhos. Com efeito, é a vida com todas as emoções com o nosso amor criou, com as raízes cada dia mais profundas no nascente ou no poente Atlântico nos conhecemos, crescemos e nos amamos cada dia mais.
É tão bonito meu amor quando os nossos lábios se unem como se fosse a primeira vez!
No jantar que comemora o Dia em que começamos o nosso namoro, temos sempre o hálito do vento sul que nos sopra na boca e aquele redemoinho de amor que tão bem conhecemos, semelhante ao poente atlântico, além das sedosas pétalas das nossas mãos que contribuem para que a loucura saborosa do nosso jantar se assemelhe à delícia acesa da noite…
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Dos 41 AOS 50 ANOS
O povo que é sábio, cita muitas vezes a ternura dos quarenta. Pois é. Significa que quatro décadas já passaram…
Se consultarmos o Dicionário dos Símbolos, quase se pode dizer que os escritores bíblicos marcam a história da salvação dando aos 40 os acontecimentos mais relevantes; um número que caracteriza as sucessivas intervenções de Deus, invocando-se uma à outra. Tal como Saul, também David e Salomão reinaram 40 anos. Moisés é chamado por Deus aos quarenta anos. Jesus prega durante quarenta meses; Jesus comunica com os seus discípulos durante os quarenta dias que precedem a Ascensão.
Mas, este texto é sobre o Dia dos Namorados que já cumpriram 40 anos de idade e pretendem ser felizes para lá dos 50, vivendo em beleza… a ternura dos 40.
Um casal que já ultrapassou a barreira dos 40, se estão unidos como primeiro matrimónio, decerto ultrapassaram todas as barreiras que a vida, por mais bela que seja, vai sempre criando a cada um de nós, talvez para pôr à prova as nossas resistências…
Entre um casal de mais de 40 anos existe uma estreita relação que, disfarçadamente apela à táctica de sentir e à partilha das luzes que os regem. Ambos sabem ousar a sedução, a euforia de sentir e a partilha do velho jogo que se vence em cada sorriso e em cada gesto.
Ambos escolheram para partilhar as suas vidas, dois seres que se chamam ideais. Ele, tem uma mulher esplendorosa, como um Estio de amar inteiro, entoação viva da “dolce vita”, ladina, chique, confidente… Ela, tem um marido com o rosto da emancipação, da criatividade, um homem que desafia a vida e o respeito pela liberdade fêmea.
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Dos 51 Aos 60 Anos – A sedução
Um raio de sol Atlântico iluminou-nos a tarde enquanto tu preparavas com muito carinho o jantar que festeja o amor que nos une.
Vi que vais abrir a garrafa do vinho “Barca Velha” que me foi oferecida no Natal que passou.
Sei que durante o jantar tocaremos as bocas e o vinho. Sei que o quadro da sala onde já vi que puseste a mesa, a minha tetravó, que está retratada pelo Visconde de Menezes, vai ruborizar as faces de nos ver tão apaixonados.
Sabes amor? Digo-te em segredo: a sedução lusitana, do fervor intenso desta tarde, a agitação de nos vestirmos com elegância, percorrem-nos na fantasia de sermos eternamente enamorados.
A nossa ida a Colares à velha quinta da tua família, fez-nos bem.
A fruta da nossa sobremesa tem melhor sabor porque nas terras onde os morangos cresceram estão as tuas raízes e as dos nossos filhos, além de terem o privilégio da vizinhança com o Romantismo de Sintra.
O amor é isto. A sedução faz parte de nós. Está quase a cair a noite. Vou enfeitar-me para ti. O resto fica por conta do rubi do vinho e o rubi dos lábios e da música que nós desde sempre gostamos.
Depois, para que nada falte, há que acrescentar as cores do nosso vestuário, a agitação a percorrer-nos, a fantasia de sermos, aterrando na ternura intensa do amor eterno.
Um jantar a dois, no prazer do tempo parado, sem segundos, nem minutos, nem horas. Uma promessa de vida inteira em nós…
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Dos 61 aos 70
No início do dia tínhamos despertado, ao som de cânticos de aves, numa casa situada nas vizinhanças de uma praia.
Cá em baixo, as moitas do alecrim e da alfazema desprenderam aromas que nos remeteram para procissões quaresmais e estávamos no dia 14 de Fevereiro, dispostos a celebrar o Dia dos Namorados por ser a data em que se venera o S. Valentim, um mártir que viveu sob o reinado de Cláudio II no ano de 270 d.C.
Não vamos fazer descrições históricas sobre esta figura da Igreja Católica, recentemente descoberta, quiçá como um acto de religião ou por motivar a festejos e compras…
Seja por que razão for, nós aderimos a esta data porque nos amamos. Festejar o que de melhor existe em nós é um acto totalmente louvável.
Agora, o meu tacto descobre a seda das folhas das flores que me ofertaste… Encomendaste os cânticos às aves? Meu amor, és único!
Tínhamos vivido o dia a compasso com a natureza que nos rodeou. O almoço foi à beira mar num restaurante de grande simplicidade e com peixes excelentes.
Depois, fomos passear pelo Algarve profundo. Os reflexos do Sol no teu rosto moreno foram assumindo o teu tom cobreado que me fascina. A seguir, entre a sedução e a simplicidade e a força inspiradora que despertas nos meus sentidos, concluímos que estava na hora de nos enfeitarmos para jantar os acepipes que preparei para nós… com muito amor!
Uma luz alaranjada tocou-te o rosto, iluminou-te mais. Bebi-te com os olhos como apenas se pode beber um “cocktail” de cores, de um trago único de espantos.
Pelo caminho vi uma praia com uma rocha de forma arredondada e senti-me atraída para vir ali beijar-te, sem ninguém a ver-nos. Só nós, o céu e o mar. E fomos!
Quando chegámos a casa a lua foi a testemunha da mais doce entrega de dois corpos que se amam.
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Dos 71 aos 80
Ai, amor, neste jantar comemorativo do Dia dos Namorados há uma lembrança que quero sublinhar: a nossa juventude foi passada quando o mundo tinha os lábios de Brigitte Bardot.
Casámos a seguir à tua tese de licenciatura e eu ainda nem sequer tinha completado o bacharelato.
Tu adoravas ver-me com as mini-saias que comprei nas nossas primeiras férias, em Paris, nas lojas de Pierre Cardin, de Courrèges e de Paco Rabanne. Três vestidos com um palmo de bainhas acima dos joelhos…
Estou a falar-te dos tempos em que o mundo ainda tinha pegadas de James Dean e de Marylin Monroe e um Wharol que pintava néons nas bocas...
Ai, amor, quando o mundo era um Chevrolet descapotável, o meu penteado em forma de banana à Grace Kelly, e envergava calças à boca-de-sino, tu dizias que eu era maravilhosa…
Ai, amor, quando nos casámos ainda a loucura do Maio de 68 que em breve completa 50 anos, não tinha acontecido. No entanto, agora, já começaram os debates para desenlear as teorias sobre o “slogan” da célebre frase: “Imaginação ao Poder”. Lirismos!
Os franceses são mesmo muito especiais… Mas, curiosamente são muitos os estrangeiros que, com a sua criatividade, contribuem para essa fama.
Apetece-me agora, alperces e laranjas à flor dos lábios. E um travo a erva-doce…
Ai, amor, tanto que dançamos ao som das músicas dos Beatles.
Em nós não há saudades porque os nossos dias são vividos intensamente. Só nos falta o Submarino Amarelo… Saudades, amor, só do futuro. A nossa idade não conta. O importante é um futuro de imaginar contigo. A ciência há-de oferecer-nos um céu azul sem buracos de ozono, um planeta com canções de amor durante todas as horas do dia.