Alta Costura Francesa I 2019/2020
A temporada Outono/Inverno ainda é segredo assumido por toda a imprensa mundial e, por isso, só nos é permitido fazer um pequeno comentário sobre cada colecção que vimos em desfile. Não podemos afirmar que os costureiros propuseram grandes mudanças, mas podemos escrever que entre as novidades se destacam as redes no rosto, no pescoço, nos braços e muito negro total.
A Dior, orquestrada por Maria Grazia Chiuri, inspirou-se numa proposta da dupla Dolce & Gabanna que havia sido apresentada em Milão na colecção de Pronto a Vestir. Registámos essa curiosidade com algum espanto. Sempre vimos que a Alta Costura era o motor de arranque do Pronto a Vestir. Como os tempos mudaram!
Porém, há grandes novidades acerca dos modelos propostos por Elie Saab, o qual num rasgo aventureiro andou pela velha China, enquanto a casa Givenchy recorreu aos motivos florais do Rajastão. A casa Valentino rejuvenesceu numa viagem ao Oriente longínquo.
Que dizer quando não se pode destapar o véu? Pela nossa parte, há muitos anos, respeitamos as regras que aceitámos e, por isso, somos recebidos com consideração.
Assistimos ao exercício de estilo de Virginie Viard, a nova directora artística das colecções da mítica casa Chanel e garantimos que apesar da nossa grande mágoa com a perda de Karl Lagerfeld não podemos deixar de garantir que esta nova era, mantém o espírito que a celebrizou.
Consideramos genial a ideia de montar uma biblioteca de luxo e de sonho no Grand Palais, em Paris, para apresentar o desfile. O luxo nunca foi inimigo da cultura.
Viva a Alta Costura! Viva a Moda!
Marionela Gusmão