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Sonia Delaunay I Na Dinamarca

Prismas eléctricos, N. 41, (1913/14). Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Óleo sobre tela. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Center National des Arts Plastiques, França.

Sonia Delaunay no seu Altelier “Simultané”, Paris, 1924. Fotografia: Germaine Krull Créditos da imagem: © Propriedade Germaine Krull, Museum Folkwang, Essen. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Guache No 1, 1938. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache e lápis sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vestidos de Simultâneos (Três Mulheres, Três Formas), 1925. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Óleo sobre tela. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Ritmo-Cor No. 1916, 1973. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache e lápis sobre papel. Fotografia: Poul Buchard / Brøndum & Co. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Riklis da McCrory Corporation. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Portugal, 1937. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache e lápis sobre papel. Fotografia: Andreas Larsson/Skissernas Museum Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Skissernas Museum – Museum of Artistic Process and Public Art Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho para seda 1317, placa, 1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache, tinta e lápis sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Projecto de tecido, 1924. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Estudo para desenho de tecidos, guache sobre papel. Fotografia: Poul Buchard / Brøndum & Co. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Doação: The Joseph and Celia Ascher Collection, New York. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Ritmo Colorido, Paris, 1954. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Fotografia: Volker Naumann, Schönaich. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Würth. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1044, 1930/1931. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel transparente. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1177, 1933/1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1177, 1933/1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1177, 1933/1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1177, 1933/1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho 1176, 1933/1934. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Desenho B53, 1953. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel, versão grande. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Bal Bullier, 1913. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Óleo sobre tela. Fotografia: Philipp Ottendörfer. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Kunsthalle Bielefeld. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Traje para o Carnaval do Rio, 1928. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Fotografia: Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção De Sonia Delaunay – “27 tableaux vivants, Edizioni del Naviglio”, Milão, 1969. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Ritmo Colorido, 1958. Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Traje para "La danseuse aux disques", 1923 (Projecto de traje para "Bailarina com círculos") Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Lápis e guache sobre papel. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Bibliothèque Nationale de France, Arts du Spectacle. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vestido, (cerca 1926). Sonia Delaunay (Ucrânia, 1885 – Paris, 1979). Plissado, verde, branco, preto. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção particular, Alemanha. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Três obras de Sonia Delaunay que pertencem à Colecção do Centro Arte Moderna da Fundação Gulbenkian viajaram até à Dinamarca para serem apresentadas numa exposição em torno da obra da artista que decorre no Louisiana Museum of Modern Art.

 

A 12 de Fevereiro, o Louisiana Museum of Modern Art, em Humlebæk, perto de Copenhaga, inaugurou a mostra de Sonia Delaunay, com o apoio da Bibliothèque Nationale de France. Esta é a primeira exposição individual da artista na Escandinávia desde 2007 e pretende ser a mais abrangente, reunindo obras sobre diferentes suportes produzidas entre as décadas de 1910 e 1970.

 

Em 2012, o museu dinamarquês já tinha apresentado uma seleção de obras de Sonia Delaunay na exposição “Mulheres Vanguardistas 1920/1940”, à qual o Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian se associou-se a este evento, através do empréstimo do guache “Chanteur “Flamenco (Petit Flamenco), uma importante pintura criada em 1916 e doada pela artista à Fundação Gulbenkian no final da década de 1970.

 

A obra viaja agora até à Dinamarca, fazendo-se desta vez acompanhar por outras duas pinturas fundamentais da Colecção do CAM: “Chanteurs” Flamenco (Grand Flamenco), um óleo sobre tela de 1915/1916, e um segundo guache de 1916, Autorretrato. Estas obras podem ser vistas no Louisiana até 12 de Junho de 2022, juntamente com uma selecção de trabalhos de outros museus internacionais. A Cor, luz e o ritmo! destacam-se na obra de Sónia, principalmente na Ala Oeste do Louisiana. 

 

Sonia Delaunay (1885-1979) trabalhou em vários géneros, tais como pintura, designer, estilista, empresária, e é uma das artistas mais criativa e fascinante do modernismo.

Quando entrou num salão de baile parisiense em 1913 com um vestido parecido com uma colagem que parecia uma pintura cubista,  chamou a atenção e causou um grande impacto no ambiente vanguardista da época. A arte visual saiu de uma pintura e entrou directamente na vida quotidiana moderna e dinâmica, não se tratava apenas de modernizar as artes visuais, mas a cultura num sentido muito mais amplo. 

 

Cores Fortes e Contrastes

Sonia Delaunay é uma das pioneiras no desenvolvimento da arte abstracta na década de 1910 e, em grande medida, também a sua difusora. Ela trabalhou entre 'arte' e 'artesanato' e a sua prática incluía pintura, desenho têxtil, vestuário, publicidade e ilustração de livros. Sempre com cores fortes, tendo como base a interacção dinâmica das cores num trabalho de grande alcance.

 

Pioneira Vanguardista

Delaunay empenhou-se com frequência em colaborações experimentais com colegas líderes de outros campos de arte. 

 

Ela foi em tempos artista visual e empresária e em muitos aspectos pode ser considerada uma inovadora de tendências na vanguarda do século XX. 

 

Ao mesmo tempo, o seu trabalho também aponta para as práticas multimédia de hoje no campo das artes visuais e do design.

 

“Adoro criar mais do que a vida - e tenho de me expressar antes de desaparecer”.

 

Sonia Delaunay

Sonia nasceu com o nome Sofia Stern no seio e uma família pobre. Foi adoptada por um tio materno, Henry Terk, advogado de renome em S. Petersburgo, que lhe proporcionou uma sólida educação e apoiou a sua vocação para a arte. Aos dezoito anos, Sonia foi estudar desenho para Karlsruhe, na Alemanha, com Schmidt-Reutter, e dois anos mais tarde, em 1905, foi para Paris atraída pela dinâmica artística e cultural da capital francesa. Inscreveu-se na Academia de la Palette. Sonia sentiu-se melhor a trabalhar sozinha e a descobrir pela cidade a arte que mais lhe interessava: com os pintores, como Van Gogh, Gauguin, Bonnard, Vuillard, ‘os fauve magníficos’, e também Braque, Derain, Vlaminck, Dufy e o Douanier Rousseau, que Wilhelm Udhe, coleccionador e marchand de arte, mostrava discretamente a alguns, poucos, iniciados. 

 

Casou-se com Udhe em Londres, em 1908, o que lhe permitiu ficar a viver em Paris, “pelo amor da arte e da liberdade”.

 

Conheceu Robert Delaunay nos círculos de artistas que frequentam Udhe, e em 1910 obteve o divórcio para se casar com Robert. Instalaram-se na rue des Grands Augustins onde mantiveram o atelier até 1935. No início de 1911, Sonia realizou uma das suas primeiras obras abstractas: a colcha da cama do filho recém-nascido. Embora realizada segundo a técnica de um quilt tradicional, é trabalhada de acordo com as pesquisas dos contrastes simultâneos que a pintora então seguiu. Idêntica linguagem se reflectiu nas roupas que criou para si e que iria levar o poeta Blaise Cendrars (cuja parceria com Sonia produziu, em 1913, A Prosa do Transiberiano) a escrever "Sobre o corpo, ela tem um vestido", poema-enunciado da nova relação entre arte e quotidiano. Nesse mesmo ano, os objectos simultâneos de Sonia - capas de livros, “abat-jours”, almofadas, tapetes seriam expostos na Galeria Der Sturm, em Berlim.

 

O início da I Guerra Mundial apanhou o casal em viagem para a Espanha. Viveram alguns meses em Madrid de onde, no final da Primavera de 1915, partiram para Lisboa, acabando por se instalar em Vila do Conde em Junho de 1915. A “luminosidade violenta” do norte do país, a animação das ruas, dos mercados, das danças, as cores dos trajes, das louças populares, que lembram a Sonia a Ucrânia da sua infância, são outros tantos motivos de atracção que os levam a prolongar a estadia em Portugal até Janeiro de 1917 (regressaram a Portugal, a Valença do Minho, mesmo após uma denúncia anónima de espionagem que os obrigou a viver em Vigo durante algum tempo). Ambos trabalharam intensamente durante o período português, aplicando e desenvolvendo as suas pesquisas sobre a cor na construção da forma. A qualidade da luz em Portugal permitiu-lhes “ir mais além das teorias de Chevreul e encontrar, para além dos acordes assentes nos contrastes, dissonâncias, isto é, vibrações rápidas que provocaram uma exaltação maior da cor através da vizinhança de certas cores quentes e frias”. 

Acerca da estadia em Portugal, Sonia afirmava: “Portugal, inspirou o meu tralho, através do sol deslumbrante, as cores dos xailes, as roupas das mulheres, as peles bronzeadas, as melancias verdes-escuras, o meio vermelho vivo a desvanecer-se nas rosas. Estava embriagada pelas cores e comecei logo a pintar”. 

 

A ligação entre arte e vida tornou-se ainda mais forte, numa vivência mais intensa.

Necessidades materiais, o assegurar de contactos que lhes permitiam trabalho remunerado com o fim brusco dos rendimentos provenientes da Rússia na sequência da Revolução de 1917, levaram-nos de volta a Madrid. Sonia iniciou uma colaboração com os Ballets Russes de Diaghilev, como figurinista do bailado “Cleópatra”, e abriu a “Casa Sonia”, comercializando com sucesso os seus objectos, roupas e acessórios ‘simultâneos’.

 

 Regressaram finalmente a Paris em 1921, onde conviveram com a “nova vanguarda dadaista e surrealista”: Philippe Soupault, Tristan Tzara e André Breton. Em 1922 Sonia realizou com Soupault um cortinado-poema e com Tzara o seu primeiro vestido-poema. Começou a produzir ‘tecidos simultâneos’ para uma casa comercial de Lyon, desenvolvendo gradualmente a sua produção até atingir uma escala considerável e um grande sucesso (30 empregadas na década de 1930, um número crescente de encomendas). A sua participação na Exposição Internacional de Artes Decorativas, em Paris, 1925, juntamente com o costureiro Jacques Heim, foi determinante para a crescente divulgação e sucessos dos seus tecidos. Na década de 1930 a sua relação profissional e de amizade com Jacques Damase, que registou a coerência da criação visual pictórica e aplicada de Sonia Delaunay “As suas colecções de moda”, vendidas a partir da “Boutique Simultanée”, elegantemente instalada nos Champs Élysés, “eram uma colecção de quadros vivos. Ela continuou a sua ideia de 1913, data do seu primeiro vestido simultâneo: porque os vestidos, para ela, eram, como arquitecturas de cores que soam como uma fuga; um vestido, um casaco, é uma porção de espaço ordenada e concebida pela matéria e pelas dimensões.”

 

 Em 1937, Robert e Sonia receberam a encomenda da decoração dos Pavilhões do Ar e dos Caminhos-de-Ferro para a Exposição Internacional de Paris. Sonia realizou dois grandes painéis murais intitulados “Viagens Longínquas” e “Portugal” e ainda três painéis sobre aviação. Organizou com Robert e amigos, entre os quais Jean Arp, Marcel Duchamp, Jacques Villon, Albert Gleizes, o Primeiro “Salon des Realités Nouvelles”, em 1939, dedicado à arte abstracta. Robert já gravemente doente, morreu em 1941, em Montpellier.

 

Sonia Delaunay regressou a Paris em 1945, mantendo uma constante actividade expositiva, ligada à arte concreta e arte abstracta. Iniciou os seus estudos para o Alfabeto, colaborou na organização de exposições retrospectivas e de homenagem a Robert Delaunay, iniciou uma enorme produção litográfica, participou na criação do grupo Espace. Em 1958 expôs duzentas e sessenta obras na Kunsthaus de Bielefeld para onde realizou, em 1960, um baralho de cartas que viria igualmente a ser editado pela Fundação Gulbenkian, já nos anos 1980. Em 1963 doou ao Museu Nacional de Arte Moderna um conjunto de cento e dezassete obras da sua autoria e de Robert Delaunay, que viria a ser exposta no Louvre.

 

 “A sua obra, objecto de interesse sempre renovado e de uma cada vez maior difusão, torna-se incontornável no contexto do modernismo europeu das primeiras décadas do século XX e do desenvolvimento da arte abstracta até aos anos 1960. A década de 60 verá o seu reconhecimento institucional alargado aos Estados Unidos e a confirmação em França, com a organização da grande retrospectiva no Museu Nacional de Arte Moderna em 1967. Evocando a obra e a relação da artista com Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian organizou, em Lisboa em 1972, a exposição “Sonia e Robert Delaunay em Portugal, e seus amigos Viana, Sousa-Cardoso, Pacheco e Almada Negreiros” e em 1982 “Robert e Sonia Delaunay, 1885-1979”.

 

 A exposição de Louisiana abrange a produção da artista desde os Anos 1910 até aos Anos 70 e introduz a amplitude do projecto de Sonia Delaunay e os muitos meios de comunicação em que trabalhou. A exposição é a maior apresentação de Delaunay na Escandinávia até à data e é a primeira apresentação a solo na região em 15 anos, desde uma exposição no Museu Skissernas em Lund, 2007.

Uma secção especial da exposição centra-se nos desenhos têxteis de Sonia Delaunay e na sua colaboração de 30 anos com a empresa de desenho holandesa Metz & Co, em Amesterdão. Aqui pode-se ver uma enorme gama dos desenhos pintados e os têxteis acabados. O seu trabalho com trajes para teatro  também é apresentado. Entre outras peças, como os chamados "vestidos poemas" em colaboração com a personagem principal do Dada, a romeno-francesa Tristan Tzara, que se tornou uma grande amiga.

 

“A exposição no Louisiana é como um Champanhe de arte! A apresentação de Sonia Delaunay borbulha como uma grande festa, com luz, com alegria das cores e cm ritmo. Um encanto para os olhos e para a alma.” Jyllands-Posten.

Theresa Bêco de Lobo

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Pormenor da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

. Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

Vista Geral da Exposição no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

O Matra 530 A, 1967 na exposição do Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Decoração do carro por Sonia Delaunay. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Matra Museum, Space Automobiles, City of Romorantin-Lanth. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

O Matra 530 A, 1967 na exposição do Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk. Decoração do carro por Sonia Delaunay. Créditos da imagem: © PRACUSA S.A. Colecção Matra Museum, Space Automobiles, City of Romorantin-Lanth. Cortesia Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk.

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