
Cultura I Arte egípcia, etrusca, grega e romana em Braga
![]() Pormenor da Fachada do Museu | ![]() Pormenor da Fachada do Museu | ![]() Torques em 0uro. Idade do Ferro |
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![]() Moeda de Adriano em ouro. Época romana | ![]() Anfora em cerâmica do período romano | ![]() Fragmento de escultura em bronze romana |
![]() Estatueta do Deus Lares, bronze | ![]() Uguentários da época romana | ![]() Mosaico e Capitel romano |
O Museu D. Diogo de Sousa cujos espaços projectam a arqueologia da região desde a pré-história ao período medieval, acaba de ser enriquecido com uma vultuosa colecção de arte egípcia, etrusca, grega e romana.
O emblemático edifício do museu joga no aproveitamento da sua inovadora arquitectura, da luminosidade natural e das zonas verdes envolventes.
As suas galerias de exposições apresentam uma perspectiva da nossa evolução histórica ao longo dos últimos milénios. Parte do acervo foi mostrado pela primeira vez em 2000.
Fundado em 1918, não teve ao longo de 80 anos instalações condignas, nem uma actividade regular. Os valiosos espólios arqueológicos da região de Braga foram integrando outros acervos, caso dos museus Nacional de Arqueologia em Lisboa e da Sociedade Martins Sarmento em Guimarães.
O Museu D. Diogo de Sousa, assim denominado em homenagem ao célebre arcebispo de Braga do século XVI, tinha inicialmente um acervo muito diversificado.
Nos Anos 70, pinturas, esculturas, têxteis, moveis e cerâmicas provenientes maioritariamente de bens da igreja foram depositadas no Museu dos Biscainhos.
O espólio arqueológico foi nos últimos 40 anos estudado e valorizado com novas e importantes descobertas.
A sua exposição, inaugurada em 2007, é uma oportunidade para motivar o interesse das pessoas a fim conhecerem melhor a génese do povo português.
Casal alemão
Fixados em Portugal desde 2006, o casal alemão Hans-Peter Buhler e Marion Buhler-Brockhaus tem-se revelado, entre nós, grandes mecenas.
Formados, os dois, em arte, tornaram-se grandes apreciadores de literatura e música clássica, coleccionando objectos arqueológicos desde 1959.
A colecção em causa abrange os períodos etruscos, grego e romano, tendo sido adquirida em leilões e antiquários de Londres, Paris e Nova Iorque.
Há três anos, Hans-Peter Buhler e Marion Buhler-Brockhaus visitaram o Museu D. Diogo de Sousa tendo-lhe doado o seu espólio.
A instituição, dirigida com grande dinamismo por Isabel Silva, possuía então um acervo limitado que abrangia a região de Braga.
Abertura ao público
O museu recebeu uma importante incorporação, mas faltavam-lhe meios para a montagem de novos espaços expositivos e para a requalificação do imóvel, como pinturas, limpezas do exterior, melhoria de acessibilidades, de segurança e iluminação.
Hans-Peter Buhler e Marion Buhler-Brockhaus doaram, então, um milhão de euros o que possibilitou essas intervenções e a sua recente reinauguração.
A nova sala dedicada às civilizações egípcia, etrusca, grega e romana revela-se um fascínio crescente para os inúmeros visitantes.
Segundo o seu site, “entre as obras expostas encontram-se esculturas em mármore, mosaicos romanos, vasos cerâmicos gregos e etruscos, unguentários romanos em vidro, utensílios do quotidiano e adornos em bronze e metais nobres, destacando-se ainda uma escultura da cabeça do imperador Trajano e um busto do Imperador Augusto, em mármore”.
A nova colecção aumentou e complementou o acervo do museu, colocando-o ao nível dos grandes museus de arqueologia da Europa. Daqui de Lisboa, os jornalistas que escrevem a Moda & Moda saudam o casal alemão com sincero OBRIGADO.
António Brás