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Portugal I Um país de azulejos

Fábrica Sant'Anna

Pormenor do interior da Fábrica Sant'Anna

Cerâmica Constância

Fábrica Viúva Lamego

Desde o período árabe que o azulejo faz parte do nosso quotidiano, tendo o seu maior incremento ocorrido no século XVI, época de prosperidade dilatada pelos Descobrimentos.

 

Várias fábricas surgiram a partir de então, permitindo alargar, popularizar a sua utilização. A mais célebre foi a do Rato, em Lisboa. Actualmente, destacam-se a Viúva Lamego, a Constância, a Sant`Ana e a Ratton.

 

Na primeira metade do século XX observou-se uma renovação no sector decorativo, destacando-se os artistas Rafael Bordalo Pinheiro e Jorge Colaço.

 

Nas gerações seguintes, artistas como Maria Keil, Sá Nogueira, Almada, Alice Jorge, Pomar, Eduardo Nery, Vieira da Silva, Menez, Cargaleiro enriqueceram esta arte, diversificando os seus impulsos criativos.

 

As novas estações do Metropolitano de Lisboa, que alguns deles assinaram, tornaram-se mesmo pontos de referência internacional. Os caminhos–de-ferro já o tinham, aliás, utilizado antes, com grande beleza, nos seus típicos edifícios (o de São Bento, no Porto, de Jorge Colaço, é um bom expoente disso) espalhados por todo o território.

Anos 50

Nos anos 50 os arquitectos portugueses resolveram utilizar o azulejo, que fora abandonado anos antes, em larga escala. Os bombeiros tinham-no proibido nas fachadas dos prédios porque, em caso de incêndio, diziam, caíam e feriam as pessoas.

 

“Isso não tinha, porém, suporte legal nem correspondia à verdade”, afirmou-nos Maria Keil. “Por isso decidimos avançar. Fizemos murais, o Pomar, a Alice Jorge, o Sá Nogueira, o Botelho e eu. A partir daí não parámos mais. O azulejo tem muita força, mas não é qualquer painel que vai para qualquer lugar”.

 

As colecções existentes entre nós contêm exemplares que são verdadeiras obras-primas no género. As mais importantes encontram-se nos museus do Azulejo e da Cidade de Lisboa, nos palácios da Independência e Fronteira, no Hotel Ritz, e nas avenidas Infante Santo e Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

 

Ao longo do País, os azulejos sobressaem no Palácio da Vila em Sintra, na Casa do Paço na Figueira da Foz, no Palácio da Bacalhoa em Azeitão, na Igreja de São Mamede em Évora, e entre muitos outros, também no Santuário dos Remédios em Peniche.

 

Nos Açores destacam-se, em São Miguel, na esplendorosa capela do Convento da Caloura decorada com azulejos do século XVII, e no Palácio Jácome Correia, actual residência-oficial do presidente do Governo regional. No seu interior existem magníficos painéis da autoria de Jorge Colaço, figurando cenas históricas da descoberta do arquipélago.

 

O azulejo tornou-se um ex-libris de Portugal.

 

António Brás

Vieira da Silva

Vieira da Silva

Manuel Cargaleiro

Manuel Cargaleiro

Júlio Pomar

Júlio Pomar

Maria keil

Maria keil

Menez

Menez

Martins Correia

Martins Correia

Luís Filipe Abreu

Luís Filipe Abreu

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