
Museu da Cidade de Lisboa I A recente renovação
![]() Exterior do Palácio Galvão Mexia, sede do Museu da Cidade desde 1973 | ![]() Esculturas de Jorge Barradas no átrio de entrada do Palácio. | ![]() Esculturas de Jorge Barradas no átrio de entrada do Palácio. |
---|---|---|
![]() Vista de um pátio interior do Palácio. | ![]() Vista parcial dos Jardins de 1700. | ![]() Carmona Por Leopoldo de Almeida. |
![]() Vista parcial da sala da Arqueologia da pré-história. | ![]() Período Manuelino | ![]() Nossa Senhora da Piedade, escultura da igreja de São Lourenço, outrora da família dos marqueses de Castelo Melhor. |
![]() Vista Parcial da Maqueta de Lisboa. | ![]() Vista parcial da cozinha palaciana. | ![]() Vista parcial da cozinha palaciana. |
![]() Vista parcial da cozinha palaciana. | ![]() Vista parcial da capela. | ![]() Vista parcial da capela. |
![]() Vista parcial da capela. | ![]() Faiança seiscentista. | ![]() Lisboa vista por Carlos Botelho. |
![]() Óleo de Manuel Reys Santos. |
Na zona do Campo Grande, um palacete Joanino destaca-se com novo perfil: o polo central do Museu da Cidade de Lisboa, criado em 1935, e detentor de obras fundamentais relacionadas com a cidade.
A instituição é célebre pelas colecções de arqueologia, pintura, gravura, escultura, faiança, mobiliário e porcelana desde a pré-história aos nossos dias.
O espaço expositivo revela-se diminuto, e o acervo encontra-se espalhado por inúmeros edifícios e pelas área destinada às reservas.
A recente remodelação do rés-do-chão do museu permitiu valorizar e expor novas e valiosas peças.
Pré-história e maneirismo
A actual estrutura, dividida em quatro sectores (arqueologia, maqueta de Lisboa anterior ao terramoto, capela e cozinha do palácio, faiança e pintura), permite ao visitante observar as mais completas colecções relacionadas com Lisboa, existentes entre nós.
O núcleo arqueológico permite fazer uma viagem entre a pré-história e o século XVI, seguindo-se-lhe a maqueta de Lisboa antes do terramoto de 1755, executada entre 1955 e 1959 por Ticiano Violante, sob orientação de Matos Sequeira.
O terceiro sector abrange a cozinha palaciana, revestida com magníficos azulejos e decorada com cobres e almofarizes seculares. A capela da casa, dedicada a Nossa Senhora, aberta pela primeira vez ao público, revela-se fascinante. De reduzidas dimensões possui, no entanto, um altar-mor e um coro decorados com telas dos séculos XVII e XVIII, parte delas provenientes da Igreja de São Lourenço, anexa ao Palácio da Rosa na Mouraria, outrora dos marqueses de Castelo Melhor.
O último espaço, vasto e dinâmico, permite conhecer a evolução da faiança produzida em Lisboa entre 1600 aos nossos dias. Paralelamente revelam-se nas paredes óleos baseados na capital.
Podemos observar desde faianças de olarias anónimas dos séculos XVI e XVII, exemplares setecentistas da Fábrica do Rato, e peças mais recentes das fábricas Constância, Alcântara, Viúva Lamego, Sant´Ana, Lusitânia, entre outras. É uma retrospectiva única da cerâmica produzida em Lisboa.
Este sector foi engrandecido por algumas novas incorporações, onde destacamos um quadro representando os Jerónimos oferecido pelo galerista luso-francês Philippe Mendes, e uma “Vista de Lisboa” de Manuel Reys Santos. A tela foi doada por Maria de Lourdes Guedes da Mota, viúva do pintor, enriquecendo o museu.
A visita ao Museu da Cidade termina no andar nobre mostrando a evolução de Lisboa entre os séculos XVII e XX. Nos jardins existem dois pavilhões destinados a exposições temporárias, bem como lapidaria e escultura relacionada com a capital, caso da enorme estátua do Presidente Carmona de Leopoldo de Almeida, e “A Verdade” de Teixeira Lopes, versão original em mármore.
No átrio duas enormes esculturas femininas, executadas por Jorge Barradas, fazem as despedidas ao visitante.
António Brás