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Moda Americana I Tailleurs
Na onda da Moda Americana para o mês de Fevereiro de 2021, os “tailleurs” começam a fazer a sua aparição e, se a sua portadora sentir frio tem a solução ao seu alcance, ou seja, coloca sobre os ombros uma capa, um xaile ou uma écharpe quentinha.
Curiosamente há quem confunda o “tailleur” com movimentos feministas, talvez por desconhecer que este conjunto (casaco/saia) se impôs principalmente no guarda roupa das elegantes conservadoras. As feministas apenas reinvidicavam, direitois civis e políticos. Posteriormente, surgiram os casacos/calças, conjunto muito prático que vio para ficar.
O nascimento e a difusão do “tailleur” deve-se em parte à criação, em 1880 da Rational Dress Society, associação que estudou e divulgou novos critérios de higiene e racionalização do vestuário. Aliás, após quatro anos de fundada, a Retional Dress Society, organizou, em Londres, uma exposição que contou com o patrocínio de Sua Alteza Real a Rainha Vitória e que mostrou a mais de quatro milhões de visitantes, uma série de inovações (referentes à lingerie fminina) na qual se propunha a abolição de certas peças intímas, muito incómodas, tais como o “corset” e a crinolina.
A saia/casaco, conjunto criado em 1880, sob s designação de “tailleur”, por ser confeccionado por alfaiates, tem sido usado indiscriminadamente nas quatro estações do ano, variando apenas nos tecidos mais quentes ou mais frescos, conforme os termómetros. As suas formas ou linhas, tal como as conhecemos hoje (saia estreita) foram muito usadas em 1912 e predominaram nos Anos 20 (com as saias mais curtas), período em que o “tailleur” se associou a outros acessórios “roubados” ao guarda-roupa masculino.
Durante a década dos Anos 20, as saias mais curtas conheceram um período de felicidade,
A imagem da mulher foi, em muitos aspectos decalcada, com insistência quase obsessiva, da imagem masculina (penteado, corte do vestuário, ausência de formas, modelo de chapéu e, eté imitação de atitudes).
E não é que o tailleur entrou na moda feminina para ficar para sempre?
Aqui exemplificamos como afinal estas duas peças romperam ostensivamente com as formas femininas do neo-classicismo permanecendo até hoje na moda.
Não são os jornalistas que impõem as modas. A nós, cabe-nos transmitir aquilo que nos é proposto visionar.
Há uns anos atrás, os “taillerus” com calças, eram o traje, quase farda, das executivas que fazem do trabalho diário uma provocação construtiva. Na actualidade, os “tailleurs com saia ou com calça são moda abrangente a todas as classes sociais.
Marionela Gusmão