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Gilbert Albert I O Joalheiro da Natureza

Colar, Genebra, 1983. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019) Formas de algas em ouro amarelo, e safiras azuis. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: B. Jacot-Descombes. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Demi-Parure, Genebra, 2007. Gilbert Albert (Genebra, 1930 - 2019) Formas mistas de pinhas douradas, pérolas e meia pérolas do Taiti e diamantes. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: B. Jacot-Descombes. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Colar, Genebra, 1988. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Ouro branco, pérolas chinesas e pérolas do Taiti e diamantes. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: F. Bevilacqua. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Máscara, Genebra, 1988. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Pérolas em ouro branco, pérolas chinesas e pérolas do Taiti e diamantes. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: F. Bevilacqua. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Pregadeira, Genebra, 1989. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Ouro amarelo e ouro branco com um cristal de Adamia, esmeraldas em forma de pera, ágatas olho de gato e diamantes. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: B. Jacot-Descombes. Colecção Don.Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Pulseira, Genebra, 1991. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Cinzel natural em ouro amarelo, safiras negras, pérolas do Taiti e diamantes. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: F. Bevilacqua. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Colar, Genebra, 1994. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Quadrados de ouro amarelo, estaurotitas, pérolas chinesas, diamantes sobre “chatons” de ouro branco. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: F. Bevilacqua. Colecção Don. Fondation Gilbert Albert, 2016. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

SERPENTE. Genebra, 1924. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Chifre gravado e pedra em bruto. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: M. Aeschimann. Colecção Don. Gilbert Albert, 1994. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Alfinete -pendente Genebra, (cerca 1990). Ludwig Muller (1930). Pérola barroca, meteoritos, citrino. Créditos da imagem: © Musée d’art et d’histoire de Genève. Fotografia: B. Jacot-Descombes. Colecção Don. Yvette Mottier, 2017. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Desenho, guache em papel preto, assinado por Gilbert Albert. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Créditos da imagem: © Archives G. Albert. Colecção Archives G. Albert. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Desenho, guache em papel preto, assinado por Gilbert Albert. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Créditos da imagem: © Archives G. Albert. Colecção Archives G. Albert. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Desenho, guache em papel preto, assinado por Gilbert Albert. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Créditos da imagem: © Archives G. Albert. Colecção Archives G. Albert, MAH. Cortesia Musée d’art et d’histoire de Genève, Genebra.

Desenho, guache em papel preto, assinado por Gilbert Albert. Gilbert Albert (Genebra, 1930 – 2019). Créditos da imagem: © Archives G. Albert. Colecção Archives G. Albert.

“As minhas alegrias, os meus prazeres, encontro-os eu, às braçadas, na natureza. Ela oferece-me tesouros que adorno com ouro, pérolas e diamantes "gota de orvalho".

                                                                                                                                   Gilbert Albert

 

Em Junho deste ano, o Musée d’Art et d’Histoire de Genebra apresenta uma exposição que homenageia Gilbert Albert, até 15 de Novembro de 2020. 

Em 2016, a fundação, criada pelo célebre joalheiro de Genebra, doou cerca de cem peças ao Museu de Genebra, que estão expostas ao lado de jóias de outros designers, também inspirados na natureza.

A mostra que o Musée d’Art et d’Histoire exibe é um conjunto inédito de cerca de cem colares, pulseiras, pregadeiras e outras peças doadas pela Fundação Gilbert Albert, em 30 Setembro de 2019. Na ocasião, realizou-se uma festa em homenagem ao artista pelo seu aniversário (noventa anos do joalheiro e setenta anos de carreira), tornando o eventonuma homenagem póstuma. Mais do que uma retrospectiva, esta exposição tem como objectivo situar o trabalho de Gilbert Albert na história da joalharia moderna, destacar a singularidade e até mesmo o pioneirismo das suas obras e, em simultâneo, evocar a sua forte personalidade.

 

Nascido em Genebra em 1930, de raízes francesas e italianas, Gilbert Albert deu  vida a pepitas de ouro ou prata e sublimou pedras preciosas, fruto dos “confrontos de mundos”. Diamantes, seixos aumentados pela mão do homem, competem com os cristais, esculturas naturais; sem esquecer as formas invulgares, como gorgónias, fósseis, caveiras e escaravelhos, às quais deu um papel protagonista.

 Gilbert Albert criou mais de quarenta esboços para compor as suas jóias, apaixonado por esses signos que o homem inventou para trocar e transmitir conhecimento e cultura.

No cenário majestoso da primeira galeria do museu, esta exposição evoca a natureza celebrada e tão admirada pelo artista; sugere admiração contínua, aguça a observação do visitante e desperta os seus sentidos. Graças a uma cenografia original, ecoa a abundância e criatividade do artista, assim como da natureza. Porque a obra de Gilbert Albert é inseparável da personalidade única do joalheiro. Figura pública, livre pensador, travesso, atrevido, Gilbert Albert marcou a vida de Genebra com a sua avidez pela vida, a sua bela generosidade e o seu espírito crítico e fecundo. Para além do trabalho, esta homenagem, também destaca o homem livre, que combinou invenção e reverência pela tradição e saberes antigos.

 

Gilbert Albert o Joalheiro da natureza

“As minhas alegrias, meus prazeres, eu, encontro-os em braçadas na natureza. Ela  oferece-me tesouros que adorno com ouro, pérolas e diamantes "gota de orvalho".

 

Biografia

Nascido em Genebra em 20 de Setembro de 1930, Gilbert Albert foi um dos alunos formados por André Charles Lambert (1892-1985) como joalheiro-designer na Escola de Artes Industriais de Genebra, onde foi matriculado em 1945. Tinha por hábito citar as palavras do seu mestre: "Se quiser ter sucesso, descubra o que os outros não podem ver". Com o ensino, adquiriu o gosto pelos materiais não preciosos, de origem animal ou vegetal, um fino domínio das técnicas de modelação do ouro e da platina e um traço de lápis muito seguro que evidencia a originalidade das suas criações. De 1955 a 1962, trabalhou como designer na Patek Philippe, em Genebra, sob a direcção de Henri Stern. As jóias e relógios que desenhou destacam o contraste entre diamantes, pedras finas e semi-preciosas ou pérolas barrocas. Gilbert, desenvolveu uma forma de tratar o ouro, a pérola ou o martelado, em oposição às superfícies polidas.

Em 1962, Gilbert Albert abriu a sua própria oficina no bairro de Saint-Gervais. Mandatado como estilista pela casa Omega de Biel, criou relógios de pulso e pendentes nas linhas “Perles d'Or”, “Mailles d'Or” e “Pavé Royal”, que conquistaram sucessivamente - quatro prémios de diamantes. Graças a essas distinções, a Omega tornou-se em 1964 membro da “International Diamond Academy” (New York), uma grande autoridade mundial na área das jóias. No mesmo ano, na Exposição Nacional da Suíça em Lausanne, Gilbert Albert ganhou o Primeiro Prémio na categoria “Relógios de joalharia sem pedra” por um relógio adornado com finas lantejoulas de ouro. Na Feira Mundial de Nova Iorque, apresentou à Omega um espetacular colar-pendente com relógio de senhora, baptizado de Moldavita: feito em platina, realçado com pérolas e formas esculpidas em ouro composto por diamantes muito puros. O pingente é adornado com um meteorito descoberto na Moldávia, cuja cor antracite, assim que é atravessado pela luz,  torna-se em verde brilhante. Esta joia com relógio evoca o tempo, o espaço, a terra, a água e o fogo.

Esses elementos agora pontuam no repertório criativo de Gilbert Albert, que, como os criadores do período Art Nouveau, inspiram-se na natureza, cujos recursos foram explorados para criar peças decorativas tendentes ao maneirismo, Gilbert idealizou essas peças usando-as nas jóias da terra, do céu e do mar: motivos como musgo, algas, gavinhas de videira ou mimosa alimentaram os seus "esboços". 

Em 1965, Gilbert imaginou diferentes linhas de jóias incorporando contas de pedras intercambiáveis.

Em 1973, o designer de Genebra montou a sua galeria e oficina na rue de la Corraterie e em 1982 abriu uma loja na Bahnofstrasse de Zurique. A partir de 1979 expôs os seus trabalhos em locais de prestígio, em Lisboa, Tóquio, Shizuoka. Em 1988, ganhou o seu décimo prémio no “Diamonds International Awards”, concurso de que a nossa directora acompanhou durante muitos anos e que era muito citado nas páginas da Moda & Moda. A partir daí, destacou-se no mundo da joalharia convencional.

Gilbert Albert surpreende pela capacidade do trabalho, pois empenha-se em renovar a herança da joalharia de coleccionador. As peças distinguem-se das produções da joalharia contemporâneas pela escolha dos materiais utilizados, pela sua composição criteriosa e pelo elevado grau desejado da sua elaboração.

De 1991 a 1993 as exposições sucederam-se: na Igreja Ivan o Grande, no Kremlin de Moscovo, no Museu de História Militar de Budapeste, no Castelo de Praga.

Em 1999, Gilbert Albert produziu para o Conselho de Estado de Genebra, uma jóia intitulada “República ", oferecida em memória dos Cabinotiers de Genebra, em 29 de Setembro de 1999", adornada com um pedaço de granito trazido por Horace Bénédict de Saussure das suas expedições no Mont-Blanc em 1787. Este acto simbólico foi completado com a abertura do Musée des Cabinotiers, projectado e estabelecido nas antigas instalações da fábrica da rede Gay Frères, cujo Musée d'Art et d ' Histoire tornou-se um repositório em 2009. A partir daí, o encontro de Gilbert Albert com o museu desenvolveu-se: a segunda entrega, que ocorreu em 2016, com a transferência das jóias recolhidas pela Fundação Gilbert Albert, criada em 1998 com o objectivo da entrega de missões da Fundação ao museu.

 

Quando a Natureza se torna numa Jóia

A natureza, fonte inesgotável de inspiração para os designers, oferece uma paleta infinita de materiais que a jóia rapidamente se apodera: o trabalho da mão na matéria-prima renova o olhar sobre a origem natural. A prataria associada à relojoaria do século XVIII, depois joalharia do século XIX, destacava os materiais orgânicos: carapaça de tartaruga, osso, marfim, coral, dentes e garras, nozes, madeira, insectos, cabelos e até azeviche. No século seguinte, a sua utilização correspondeu a novos processos criativos: a técnica e a obra do artista passou a ter mais importância do que o valor intrínseco do material, cujas qualidades estéticas inerentes foram exploradas. Nenhum material é neutro para o joalheiro, principalmente o contemporâneo. "Recuperação" torna-se um gesto significativo: a inserção de um objecto natural ou matéria-prima.

Em cada uma das jóias marca a reaproximação do criador com seu ambiente. Além disso, a combinação de vários materiais demonstra, que nenhum deles é mais valioso que o outro.

A relação entre a humanidade e o ambiente natural tornou-se um dos temas mais ricos do mundo actual. A imaginação volúvel e a criatividade de Gilbert Albert, estimuladas pela natureza, fazem parte desse movimento.

 

Um Conceito Orgânico

O trabalho de Gilbert Albert é nutrido pela sua observação apaixonada da natureza e da exploração dos recursos que ela oferece. O projecto expositivo está em sintonia com essa inspiração, com um movimento que vai da abundância à simplicidade, da imensidão ao detalhe. A dimensão naturalista e orgânica da atmosfera cenográfica é acentuada por uma cobertura saliente. Ao observar a mostra, o público pode descobrir as jóias criadas por Gilbert Albert, interagindo com obras de outros criadores anteriores a ele, contemporâneos ou mais jovens, revelando as suas fontes de inspiração e as influências estilísticas. Para Gilbert Albert, não se trata de reproduzir certos motivos da natureza, mas de ampliar os milagres que ela produz.

A rota Exposição

Como um todo, o ambiente cenográfico da exposição proporciona um lugar essencial para a contemplação das obras e suas articulações secretas, sendo que a maioria das jóias assinadas por Gilbert Albert são visíveis em todas as suas facetas.

O princípio da exposição é baseado em dois níveis de leitura, justapostos para optimizar a visão estética do visitante, assim como a sua compreensão da evolução da jóia: de um lado, dispostas em vitrines suspensas, as centenas de jóias assinadas por Gilbert Albert, produzidas entre 1970 e 2000; por outro lado, em harmonia com o ambiente e distribuídas em vitrines ancoradas ao solo, cerca de trinta obras seleccionadas das colecções do Musée d'Art et d ' Histoire  e assinadas pelos criadores antes e depois da joalharia de Genebra, cuja proximidade da abordagem permite conexões visuais eloquentes: influências estilísticas, abordagens semelhantes, uso de matérias-primas para alimentar a criação.

A exposição abre com duas obras-primas emblemáticas: um colar de pérolas de ouro com opalas, pérolas chinesas e diamantes, produzido em 1993. Esta obra assenta numa referência fundamental para Genebra: imponente pulseira representando cardos estilizados, em esmaltes translúcidos, de tom avioletado, em ouro trabalhado e envelhecido e prata assinada por René Lalique. Adquirida nas oficinas parisienses do artista em 1904 pelo Musée des Arts Décoratifs de Genebra, esta peça importante ilustra o movimento Art Nouveau do qual Gilbert Albert se inspirou e afirmou várias maneiras: "René Lalique limpou os pinceis e abriu o caminho para outras jóias. Elas não serão mais montagens estúpidas de pedras preciosas”, escreveu ele.

As seguintes vitrines destacam alguns dos quarenta “esboços” desenvolvidos por Gilbert Albert para estruturar as suas jóias e que são tantas peças distintas: quadrado de ouro, ouro trabalhado, algas, feixes de ouro, prata amassada, pérolas e ouro. Elas são organizadas por vitrines temáticas de acordo com materiais e formas, cuja tendência geral é a pureza das formas: crânios, corujas, dentes e peles, corais, conchas, besouros, insectos, meteoritos, ágatas, seixos, pérolas e ferrugem. Aqui um dos pontos principais é dedicar estas peças a André-Charles Lambert (1892-1985), mestre em joalharia da Escola de Artes Industriais de Genebra, da qual Gilbert Albert foi aluno. Com Gilbert, os materiais não nobres ganham destaque. Esta abordagem, comum a outros criadores aqui apresentados, podem salientar corais polidos do século XIX, chifre dos anos 1900 (E. Bonté), conchas (Ch. De Carouge), seixos ásperos e outras ágatas (G . Papesch), pérolas, meteoritos (L. Muller, H. Jünger) ou pedras finas da década de 1960 (I. Brynner). Os designers contemporâneos (E. Brinkmann, S. Hanagarth, J. Usel, F. Dupont, etc.) apresentam uma pesquisa estética de materiais incomuns para acentuar a função do ornamento e se reconhecer a influência do artista e sua abordagem conceptual.

A exposição termina para o mundo mais íntimo de Gilbert Albert: o aprendiz, o designer, o joalheiro em trabalho são evocados num espaço particular que destaca tanto a oficina, a loja - através de ornamentos únicos - as fontes “naturais” de inspiração do artista e da sua personalidade. Uma figura pública, pensador livre, irrequieto voluntariamente, às vezes irreverente, Gilbert Albert marcou a vida de Genebra com a sua ambição pela vida, a sua generosidade e o seu espírito crítico e prolífico. 

O Trabalho de Gilbert Albert, Cidadão de Genebra

Gilbert Albert publicou três obras ilustradas na última década, confiadas ao editor Slatkine de Genebra. O criador compartilha os seus pensamentos tanto quanto os testemunhos de quem encontra: essas "memórias", complementadas em 2019 pelo texto da sua mulher, falam do seu compromisso com a influência de Genebra.

O catálogo ilustrado das obras do museu dá um novo olhar à colecção através de galerias temáticas. Também foi produzido um filme inédito de dez minutos, que reúne uma variedade de documentos originais, com arquivos familiares, desenhos, fotografias e arquivos audiovisuais. 

 

Da Fundação Gilbert Albert ao Musée d’Art et d’Histoire 

A oferta acordada em 2016 com a Fundação Gilbert Albert é o resultado da constatação de que as missões do Musée d’Art et d’Histoire, com base na constituição e transmissão do património cultural e artístico de Genebra, coincidiram com os objectivos e metas da fundação: organização de exposições, criação de um museu, sustentabilidade da obra do criador. Como a fundação não conseguia mais cumprir os seus objectivos, concordou em entregar a colecção ao Musée d’Art et d’Histoire, considerado o melhor local para alojar este importante espólio. Ao fazer isso, o Museu de Genebra tornou possível preservar a integridade da colecção de Gilbert Albert, reunida desde 1998. Com cerca de 100 obras produzidas entre 1970 e 2010, a colecção pública de Genebra, a mais importante preservada no mundo: é essencialmente constituída por peças decorativas, pendentes, pulseiras, brincos e ornamentos diversos (lupas, bengalas, abre cartas e máscaras). Uma grande colecção de desenhos e esboços, modelos e materiais de oficina completam o conjunto.

A exposição destaca o trabalho notável de Gilbert Albert, mestre da joalharia, que através da sua paixão pela natureza, conseguiu proporcionar criações artísticas magníficas para a sua clientela. Privilegiando a estética e a criatividade, ele soube encontrar o caminho mais de acordo com as suas convicções. 

As jóias dele conseguiram associar-se aos diversos materiais e ao design, concebendo peças que se tornaram o ex-libris da colecção de joalharia do Musée d’Art et d’Histoire, de Genebra.

 

Theresa Bêco de Lobo

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