Vivemos num tempo de ansiedade motivado por um vírus que ninguém consegue ver a olho nú, na esperança que os mestres da ciência descubram a forma de conseguirmos caminhar ao ar livre, sem receio dos transeuntes que se cruzam connosco. Tristes tempos que nos cabem viver.

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Como Fevereiro ainda é um mês de muito frio, regressamos com modelos que aqueçam as nossas leitoras.

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Continuamos a recomendar os maiores cuidados com a higiene das nossas mãos, dos produtos alimentares e essencialmente de não nos aproximarmos muito, nem que seja do nosso melhor amigo/a.

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Esta revista nasceu em Junho de 1984, há 37 anos. E, desde então, sempre alertamos os nossos leitores para os problemas de saúde, o que é natural, pois a Moda & Moda foi fundada por mim e pelo meu marido, um médico que tudo fez pela medicina preventiva, cabendo-lhe a honra de ter reunido mais dois colegas para fundar um serviço  pioneiro de Medicina do Trabalho, empresa que existe graças ao esforço que tenho dispendido para que tal aconteça, pois infelizmente fiquei só com todos os encargos poucos meses depois da fundação desta revista.

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Sou, portanto, uma mulher muito atenta aos cuidados de saúde não apenas pelo meu marido mas também pelos meus antepassados ligados à saúde, área em que operaram com grande dinamismo e muita honra.

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Contudo, dentro de mim, há uma similitude com algumas paixões laborais do meu pai, um artista de belas artes que foi esbanjar o seu talento para Espanha.

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Note-se que sou uma aficionada das artes decorativas, uma área onde se insere a moda do vestuário, daí que desde criança tenha começado a coleccionar botões, fivelas, tecidos antigos… O Carnaval era para mim, uma dupla festa porque não só gostava de ir aos bailes mascarada, mas de cara destapada, como de vestir-me com os vestidos antigos que existiam nos baús dos meus familiares e, principalmente da minha tia Teresa, condessa de Tavira, uma senhora que já tinha muita idade quando eu era jovem.

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É curioso recordar a minha meninice e a minha visita à igreja em cada dia 2 de Fevereiro de cada ano, por ser o Dia das Candelárias.

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Todos os anos, o dia 2 de Fevereiro assinala o este dia como o início da Primavera no calendário celta.

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Mas, não resisti a abrir aqui um pequeno parentesis para contar às novas gerações que outrora no dia 2 de Fevereiro a ida à missa era quase obrigatória para sabermos se o novo ano agrícola, no que respeita à produção de azeite, era próspero ou não.

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E como se adquiria esse conhecimento? Pois, imagine-se que era estar com atenção às velas que estavam acesas nos altares e verificar que não tremeluziam. E a minha avó, que nem sequer era católica, pedia-me para eu ir à missa. Imaginam, porquê? O povo crente dizia que enquanto durasse a missa as velas que alumiavam os altares não podiam movimentar as chamas. Se o fizessem o ano seria mau em azeite. Confesso que sorria com isso. Mas, quando chegava a casa contava a verdade à minha avó. E quando as velas se mantinham, sem tremelicarem, o meu regresso a casa era cheio de alegria. E as populações tinham este dado como certo. Em que tempos vivi!

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Agora, temos o Dia dos Namorados a 14 de Fevereiro, mas como tudo muda já se lhe juntou o Dia dos Afectos. Invenções curiosas para aumentar as compras. Mas… a sorte este ano com esta maldita pandemia não está para namorados, para muitos afectos, pois nem podemos beijar as pessoas que amamos.

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O mundo esta mesmo baralhado pois não me recordo que alguma vez na minha vida, o Dia dos namorados coincidisse com o Domingo de Entrudo ou Domingo Gordo no dia 16 de Fevereiro… Tanta historieta junta.

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Dia 17 – Quarta-feira de Cinzas, entramos no período da Quaresma. Eu, diria que no perídodo mais restritivo que o quaresmal andamos todos a viver.

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A moda que escolhemos inclui modelos dos melhores criativos. Oxalá a possamos usar com a criatividade que está à nossa disposição. É um mês com muitas personalidades para celebrar desde Andy Warhol do século passado ao meu muito querido Pico della Mirandola, o filósofo que nasceu em 1463 e cuja obra adoro.

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Em mês de Carnaval, que se celebra a 16 de Fevereiro, não me senti com coragem de propor ideias para ir a “assaltos” ou a bailes. 

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Precisamos de tempo para rezar e pedir a Deus que dê rápidas melhoras a todos os doentes. Seria um bom milagre para celebrarmos com alegria.

 

Marionela Gusmão