
Azul I Uma Côr de Sempre!
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Desde que entrei para o jornalismo já devo ter escrito sobre azul umas centenas de vezes. E se os textos forem sobre moda do vestuário e calçado então já devo caminhar nos milhares. Casei em 1962 e já escrevia para o Diário de Notícias como colaboradora. Depois também tive que escrever para o Século para dar notícias de um concurso da R.T.P., enquanto o Rui Ochoa dava as mesmas notícias para um jornal do Porto. E quantos anos já estou nesta andança? Já lhe perdi a conta!
Escrevi muito para a TV Guia e de novo para o Diário de Notícias, mas o meu porto de abrigo foi a TV Guia para a qual me ocupava das datas festivas (Natal, Carnaval, Páscoa, etc.) até que no Verão de 1984 o meu marido sugeriu que trabalhar sem ter que obedecer às ordens de quem quer que fosse era o mais indicado para mim. Segui seu conselho e de semestral passei rapidamente a trimestral e já há bastante tempo que a edição é mensal.
Infelizmente, o país está muito pobre, a publicidade que sempre foi o principal suporte dos meios de comunicação social foram diminuindo e decidi escrever a revista e publicá-la em suporte online em www.modaemoda.pt Felizmente os leitores aderiram e lá vai surgindo alguma publicidade paga o que ajuda às despesas fixas. A minha equipa é fantástica e a ela estou muito agradecida. São pessoas que vestiram a “camisola” e
que me tratam com o maior carinho.
Este texto que vou escrever é sobre o azul – a cor da esperança em tempos melhores.
Vem a propósito lembrar que a cromatologia teve uma grande evolução nos últimos anos, graças especialmente a Kandinsky e Henri Pfeiffer, mas apesar disso a simbologia da cor mantém os seus valores tradicionais. Por exemplo, o azul, situado no arco-íris entre o amarelo e o verde, é a mais imaterial de todas as cores e a mais pura no seu valor absoluto. Alain Gheerbrant diz que os egípcios consideravam o azul a cor da verdade.
Meteoricamente na moda, o azul é uma cor presente em muitas colecções tanto de pronto-a-vestir como de Alta Costura da actual temporada.
Será que vamos entrar num tempo de verdade? Será que o novo milénio exige mais de todos nós? Será que 2021 é mais exigente?
Será que com a moda do azul se pretende um contraponto moderador às intensas vibrações cromáticas que os novos tempos reclamam?
Seja como for, o azul, com toda a carga de serenidade e segurança, pode ser a evolução na continuidade da libertação feminina.
Questão de coerência ou classicismo sem tempo, o azul em várias gradações é cor de moda. Azul-safira, turquesa, ou indigo, azul da cor do céu e do mar, são as cores que tingem as lãs, as sedas e brocados do vestuário feminino prático ou sofisticado.
A moda no seu melhor ou seja a sua oferta vasta e ambiciosa como é infinita a paleta de azuis.
Marionela Gusmão