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As Melhores Fotografias da Vida Selvagem

No Natural History Museum, em Londres

Briga de Estação. Prémio especial: Prémio LUMIX People’s Choice. Em reconhecimento ao alto padrão das inscrições, 25 imagens extras foram seleccionadas pelo Natural History Museum e colocadas à votação do público. Fotografia: Sam Rowley, Reino Unido. Cortesia Natural History Museum,London. Cortesia Natural History Museum,London.

Nômades da Neve. Vencedor de 2019 na categoria de Animais no Seu Habitat. Mostra uma pequena manada de antílopes-tibetanos machos caminhando pelo deserto de Kumukuli coberto de neve na Reserva Natural Nacional Altun Shan, China. Fotografia: Fan de Shangzhen, China. Cortesia Natural History Museum,London.

Golpe de Sorte. Vida Selvagem Urbana Focar na ocupação ou coabitação da natureza num ambiente dominado pelo homem, seja capturando a magia do lugar comum ou a surpresa do inesperado ou normalmente invisível. Fotografia: Jason Bantle, Canada. Cortesia Natural History Museum,London.

A Caverna dos Albatrozes. Animais no seu ambiente. Evocando a atmosfera e um lugar racional - com o habitat como um elemento principal da imagem - para transmitir como um animal é parte integrante do seu ambiente. Fotografia: Thomas P Peschak, Alemanha/África do Sul. Cortesia Natural History Museum, London.

Burros num Lugar Selvagem. Animais no seu ambiente. Evocando a atmosfera e um lugar racional - com o habitat como um elemento principal da imagem - para transmitir como um animal é parte integrante do seu ambiente. Fotografia: Shangzhen Fan, China. Cortesia Natural History Museum, London.

A Lebre da Noite Polar. Animais no seu ambiente. Evocando a atmosfera e um lugar racional - com o habitat como um elemento principal da imagem - para transmitir como um animal é parte integrante do seu ambiente Fotografia: Antti Haataja, Filândia. Cortesia Natural History Museum, London.

“Poundworld.” Ganhou a categoria Comportamento: Anfíbios e Répteis. Esta imagem etérea de uma migração de sapos, no sul de Itália. Fotografia: Manuel Plaickner, Itália. Cortesia Natural History Museum, London.

O Exército da Arquitectura. Ganhou o prémio de Comportamento de Insectos. Comportamento: Invertebrados. Uma colónia de formigas numa floresta da Costa Rica, captando as criaturas enquanto estas caçavam e construíam abrigos. Esta imagem da colónia tem forma de coroa. Fotografia: Daniel Kronauer, Alemanha/Estados Unidos da América. Cortesia Natural History Museum, London.

Visão da Primavera. Plantas e Fungos Transmitir a essência de uma planta ou fungo ou retratar a sua importância ou função no seu ambiente ou seu meio de sobrevivência. Fotografia: Imre Potyó, Hungria. Cortesia Natural History Museum, London.

Refúgio Florestal. Plantas e Fungos Esta imagem transmite a essência de uma planta ou fungo ou retrata a sua importância no seu ambiente e no seu meio de sobrevivência. Fotografia: Uge Fuertes Sanz, Espanha. Cortesia Natural History Museum, London.

Dormindo como um Weddell. Preto e branco. Ilustra como a natureza gráfica e a gama tonal da fotografia a preto e branco podem simplificar os elementos, enfatizar a forma, criar drama ou adicionar um elemento emocional a uma imagem, seja qual for o tema. Fotografia: Ralf Schneider, Alemanha. Cortesia Natural History Museum, London.

Outro Migrante Proibido. Vencedor de 2019 na categoria Fotojornalismo de Vida Selvagem. Reúne a crise de migração na fronteira entre os Estados Unidos da América e México com a crise ambiental. Fotografia: Alejandro Prieto, México. Cortesia Natural History Museum, London.

Momento Congelado Prémio de portfólio de estrela em ascensão. A imagem apresenta um estilo e intenção artística, e este corpo de trabalho mostra uma amplitude da habilidade e visão enquanto ilustra uma qualidade consistente. Fotografia: Jérémie Villet, França. Cortesia Natural History Museum, London.

O Salto Final. Prémio de portfólio de fotógrafo da vida selvagem. Exibindo uma seleção dos melhores trabalhos do fotógrafo, se as imagens focalizam um tema específico ou representam uma abordagem particular. Este corpo de trabalho deve ser original e excelente. Fotografia: Stefan Christmann, Alemanha. Cortesia Natural History Museum, London.

Formação de Fluff. Prémio de portfólio do fotógrafo de vida selvagem.. Fotografia: Stefan Christmann, Alemanha. Cortesia Natural History Museum, London.

As Torres Congeladas. Ambientes da Terra. Comemorando a escala e a magnitude das formas do relevo da Terra, sejam vistas do solo ou do ar, as forças naturais que as esculpem ou a natureza pura numa escala de paisagem. Fotografia: Roberto Zanette, Itália. Cortesia Natural History Museum, London.

A Multidão. Vencedor de 2019 na categoria Portfólio do Wildlife Photographer of the Year. Mostra mais de cinco mil pinguins-imperadores no gelo da baía de Atka,na Antártida. Fotografia: Stefan Christmann, Alemanha. Cortesia Natural History Museum, London.

Exposição à Neve. Vencedor de 2019 na categoria Preto e Branco. É um retrato de um bisonte americano no Parque Nacional de Yellowstone. Fotografia: Max Waugh, EUA. Cortesia Natural History Museum, London.

Brilho Nocturno. Vencedor 2019 na categoria de fotógrafos entre 11-14 anos. Apresenta uma lula oval ao largo da costa da Indonésia durante um mergulho nocturno. Fotografia: Cruz Erdmann, Nova Zelândia. Cortesia Natural History Museum, London.

Criação. Vencedor de 2019 na categoria Ambientes da Terra. Esta imagem não é sobre animais, é sobre a lava vermelha do vulcão Kîlauea, do Havai, no ano transacto. Fotografia: Luis Vilariño Lopez, Espanha. Cortesia Natural History Museum, London.

O Momento. Vencedor do Prémio Wildlife Photographer of the Year. Comportamento: Mamíferos Retratando um comportamento memorável, invulgar ou dramático. Fotografia: Yongqing Bao, China. Cortesia Natural History Museum, London.

“Andam dois Ratinhos a dar muito que Falar”, 

                                       A fotografia vencedora no Natural History Museum, em Londres. 

 

 

 

O Natural History Museum, em Londres apresenta desde Maio de 2020, a exposição da competição do “Wildlife Photographer of the Year”, o maior concurso do mundo de fotografia da vida selvagem - uma boa por razão para visitar esta mostra tão diversificada.

Os vencedores do Wildlife Photographer of the Year foram revelados em Fevereiro de 2020, através do Natural History Museum, em Londres, que organizou a competição, aberta a todos os fotógrafos de vida selvagem, a qual resultou na exposição onde exibem as melhores imagens do ano.

Este concurso é uma das mais antigas competições de fotografia da vida selvagem do mundo, hoje com 55 anos de idade, já que reune imagens de fotógrafos amadores e profissionais, adultos e jovens, de todo o mundo. Ao longo das últimas 5 décadas, criaram um arquivo enorme de fotografias que mostra as alterações dos nossos ecossistemas e as transformações no nosso planeta.

O “Wildlife Photographer of the Year” é a exposição anual do Natural History Museum com as melhores fotografias da natureza e fotojornalismo de vida selvagem, e é vista por milhões de pessoas em todo o mundo. As imagens premiadas destacam a fotografia da natureza como uma forma de arte, ao mesmo tempo que nos desafiam a abordar as grandes questões do ambiente que o nosso mundo enfrenta.

A exposição apresenta 100 fotografias de várias categorias e uma enorme variedade de imagens inspiradoras que captaram a diversidade da natureza. As impressões despertam curiosidade sobre o mundo natural, lembrando-nos do nosso relacionamento com a vida selvagem e os efeitos do impacto humano. Após a sua estreia em Londres, a exposição continua a sua digressão internacional, para inspirar milhões de pessoas.

Para a edição deste ano, a organização do concurso, recebeu mais de 48 mil fotografias, oriundas de cem países.

Quem quiser pôr à prova a sua arte fotográfica poderá inscrever-se para a edição de 2020 a partir de 21 de Outubro e até 12 de Dezembro de 2020.

Os prémios Wildlife Photographer of the Year começaram em 1965, numa iniciativa da revista BBC Wildlife Magazine, que na altura se chamava Animals. Nesse ano 500 fotografias foram a concurso. Desde então, o evento cresceu e, em 1984, o Natural History Museum de Londres passou a estar envolvido no projecto. O grande objectivo é inspirar as populações a apreciarem e conservarem o mundo natural.

 

A Fotografia Premiada: A Luta na Estação ("Station Squabble")

O fotógrafo inglês Sam Rowley ganhou o prémio de Wildlife Photographer of the Year com uma imagem rara e expressiva: “A Luta de Ratinhos no Metro de Londres.”

Sam Rowley, investigador de 25 anos de idade, descobriu que a melhor forma de captar imagens de ratos nas estações de metro de Londres, no Reino Unido, consistia em deitar-se na plataforma e esperar que algo acontecesse. Eles iam aparecer, nem que fosse pela comida caída pelos passageiros no chão das plataformas.

A ideia não só resultou, como lhe valeu a vitória no concurso Wildlife Photographer of the Year: Lumix People’s Choice Award de 2019, prémio de fotografia do Natural History Museum, em Londres, cujo vencedor foi divulgado no dia, 12 de Fevereiro de 2020.

A fotografia chama-se “Luta na Estação” ("Station Squabble") e foi votada online por 28 mil pessoas, distinguindo-se de um conjunto de 48 mil imagens concorrentes, vindas de mais de 100 países do mundo. A imagem mostra dois ratos a competirem por um pedaço de comida que alguém deixou para trás. Ao que o fotógrafo explicou, esta luta (ainda viu algumas) terá durado segundos (o suficiente para ele conseguir captá-la). Não foi mortal: um dos ratos ganhou e ambos seguiram caminhos diferentes.

Foram precisas cinco noites no Metro de Londres para Sam Rowley conseguir esta fotografia.

É uma janela para o dia-a-dia da vida selvagem urbana. A fotografia de Sam Rowley, fotógrafo britânico, mostra a briga entre dois ratinhos numa estação de Metro de Londres, por migalhas que alguém deixou para trás.

Mas o confronto acabou depressa, quando um dos ratinhos fugiu, triunfante, com a sua migalha.

A imagem teve 28.000 votos do público e foi escolhida de entre uma lista de 25 fotografias nomeadas para este prémio, seleccionadas pelo Natural History Museum.

Sam Rowley visitou várias estações de Metro, durante a noite, durante cerca de uma semana, merecendo olhares curiosos dos passageiros que aguardavam pelas carruagens quando ficava deitado no chão à espera da imagem perfeita. Quando viu esta fotografia, soube logo que a sua paciência tinha dado frutos.

“Estou tão feliz por ter ganhado este prémio”, disse Sam Rowley. “Tem sido o sonho de uma vida ter sucesso neste concurso, com uma fotografia captada num ambiente tão do quotidiano na minha cidade”, acrescentou. “Espero que mostre às pessoas os dramas inesperados vividos nos ambientes urbanos.”

Para o director do Natural History Museum, Michael Dixon, a fotografia de Sam Rowley é um “fascinante reflexo sobre como a vida selvagem funciona num ambiente dominado pelos humanos”. “O comportamento dos ratinhos é ditado pela nossa rotina diária, pelo transporte que usamos e pela comida que deitamos fora. A imagem lembra-nos que, apesar de passarmos ao lado dela todos os dias, os humanos estão interligados com a natureza, mesmo à sua porta de casa. Espero que esta fotografia inspire as pessoas a pensar e a valorizar mais esta relação.”

Para além deste prémio, quatro fotografias receberam Menções Honrosas conquistando o coração do público. Estas incluem a imagem, captada por Aaron Gekoski, de um orangotango a ser explorado para divertimento; a fotografia de Michel Zoghzhogi de um jaguar e da sua cria a capturar uma anaconda; a relação afectuosa entre um guarda da natureza e uma cria de rinoceronte negro, captada por Martin Buzora; e a fotografia de Francis De Andres de um curioso grupo de renas do Árctico.

Do conjunto exposto de destacar também as seguintes fotografias: Uma foca adormecida, um besouro zumbi e uma tartaruga trágica são apenas algumas das imagens cativantes e emocionantes do Wildlife Photographer of the Year no Natural History Museum, que está agora no seu quinquagésimo quinto ano.

Entre as imagens reveladas está uma fotografia a preto e branco de uma foca Weddell captada pelo fotógrafo alemão Ralf Schneider, descrito pelo presidente do júri Roz Kidman Cox como “um retrato de pura felicidade relaxada”. A imagem perturbadora de Matthew Ware de uma tartaruga fatalmente presa a uma cadeira de praia destruída é um lembrete torturante do impacto dos resíduos que acabam no oceano.

Para além destas imagens podem-se ainda admirar, a fotografia “O Momento” do fotógrafo chinês Yongqing Bao, que ganhou o prémio de Prémio Wildlife Photographer of the Year na categoria: Comportamento: Mamíferos.

Bao captou esta imagem, intitulada "O Momento", no planalto tibetano da China. O planalto está a uma altitude de mais de 4500 metros acima do nível do mar. As imagens da região "são raras", diz Roz Kidman Cox, presidente do painel de jurados através de um comunicado à imprensa. “Mas captar uma interacção tão poderosa entre uma raposa-dos-himalaias e uma marmota – duas espécies essenciais para a ecologia desta região de pastagens elevadas – é extraordinário.”

Cruz Erdmann, de 14 anos, venceu o prémio Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano – a outra grande distinção da competição – com a sua fotografia subaquática de uma lula de recife iridiscente, captada durante um mergulho nocturno no Estreito de Lembeh, na Indonésia.

A prestigiada competição, abrange 19 categorias de fotografia de vida selvagem que incluem comportamento, fotojornalismo e retrato.

Os fotógrafos da National Geographic ganharam 4 prémios. David Doubilet ganhou a categoria Debaixo de Água com a sua fotografia de uma colónia de enguias Heterocongrinae no fundo do mar. As enguias, que emergem verticalmente das suas tocas na areia, parecem plantas e são extremamente difíceis de captar. "Quando as enguias detectam a nossa presença, escondem-se durante horas", diz Doubilet. "Desaparecem completamente como se fossem uma miragem subaquática."

Doubilet conseguiu captar a enorme colónia escondendo a máquina fotográfica no meio das tocas e escondendo-se atrás de um naufrágio. Quando as enguias apareceram, activou o obturador remotamente. Doubilet demorou vários dias até conseguir a imagem que pretendia.

 

O fotógrafo Jasper Doest ganhou a categoria de Fotojornalismo Histórico com as suas imagens dos explorados macacos-japoneses. Estes animais, outrora venerados no Japão, são agora encarados como uma praga e são treinados para entreter as pessoas. "Com esta série, eu queria que as pessoas reconsiderassem o relacionamento que têm com os animais que as rodeiam", diz Doest.

O fotógrafo Ingo Arndt, com a sua imagem de uma puma a tentar derrubar um guanaco, partilhou com Yongqing Bao o prémio na categoria “Comportamento de Mamíferos”. Arndt captou a imagem depois de ter passado 7 meses a rastrear pumas a pé. Embora as lamas sejam a principal presa das pumas, ninguém tinha fotografado esta caçada com tanto detalhe. As lamas, são três vezes mais pesadas do que a puma fêmea, que conseguiu escapar.

A honra final atribuída à National Geographic foi para Charlie Hamilton James que, com a sua fotografia íntima de ratos na noite de Nova Iorque, venceu a categoria da Vida Selvagem Urbana.

"As pessoas agora dizem que eu sou o homem dos ratos", diz Hamilton James, que já foi chamado de "homem das lontras" pelas suas imagens de lontras em Yellowstone, "o que é muito mais agradável".

"Os ratos fazem coisas de ratos", diz Hamilton James, que seguiu os roedores durante meses pelos esgotos e buracos da cidade. "Foi incrível ver como os ratos se encaixam de forma brilhante em todos os buracos de Nova Iorque", diz Hamilton James, que adorou fotografar na cidade durante a noite.

“Depois de acompanhar estes animais durante algum tempo, comecei a respeitá-los”, diz Hamilton James. “Não diria que os adoro, mas gosto bastante deles.”

O Dr. Tim Littlewood, Director de Ciência do Natural History Museum e membro do painel de jurados, afirmou: “Há mais de cinquenta anos que esta competição atrai os melhores fotógrafos, naturalistas e jovens fotógrafos, que apresentaram os seus melhores trabalhos num evento tão importante para o público em todo o mundo ocasionando a nossa exposição tão inspiradora e surpreendente.

A fotografia tem a capacidade única de estimular conversas, debates e até mesmo acções. Esperamos que a exposição deste ano capacite as pessoas a pensar de forma diferente sobre nosso planeta e o papel crítico no seu futuro. “

Após a abertura da exposição na casa da competição, o Natural History Museum, a mostra continuá a sua tournée internacional e pelo Reino Unido, levando a beleza e a fragilidade do mundo natural a milhões de pessoas além de Londres.

O Wildlife Photographer of the Year no Natural History Museum, apresenta a melhor fotografia da natureza e do fotojornalismo do mundo. Com a sua capacidade de inspirar curiosidade e admiração, estas imagens mostram a fotografia da vida selvagem como uma forma de arte, desafiando-nos a considerar nosso lugar no mundo natural e a nossa responsabilidade de protegê-lo.

 

Theresa Bêco de Lobo

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