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A Obra de Matisse, como um Romance

A.1.

Cartaz da Exposição. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

2.

Romance, n°1, 1951. Henri Matisse, (1869-1954). Revista. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

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A Tristeza do Rei, 1952. Henri Matisse, (1869-1954). Papéis com guache, recortado, colado e montado sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

1.

A Blusa Romena, 1940. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’art moderne, Paris. Doação do artista ao Estado, 1953. Atribuição, em 1953. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

3.

Interior com Beringelas, 1911. Henri Matisse, (1869-1954). Colagem sobre tela. Fotografia: © Ville de Grenoble/Musée de Grenoble- J.L. Lacroix. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Musée de Grenoble. Oferta de Madame Amélie Matisse et Mademoiselle Marguerite Matisse, 1922. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

4.

Auto-Retrato, 1906. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © SMK Photo/Jakob Skou-Hansen. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Statens Museum for Kunst, Copenhague. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

5.

Marguerite com um Gato Preto, 1910. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

6.

Os Tapetes Vermelhos, 1906. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Ville de Grenoble/Musée de Grenoble- J.L. Lacroix. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Musée de Grenoble. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

7.

Ninfa na Floresta, 1935-1942 / 1943. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © François Fernandez. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Musée Matisse, Nice. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

8.

Jerusalém Celestial, 1948. Henri Matisse, (1869-1954). Papéis com guache, recortados e colados sobre papel montado sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

10.

Nunca Aprendi a Escrever ou o Incipit, Genève, Skira, 1969 Louis Aragon, (1897-1982). Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse; © Éditions d’Art Albert Skira. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

11.

Henri Matisse, Romance, Vol. II, Paris, Gallimard, 1971. Louis Aragon, (1897-1982). Livro. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse; © Editions Gallimard. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

12.

Henri Matisse: Romance Vol. I, Paris, Gallimard, 1971, Louis Aragon, (1897-1982). Livro Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse; © Editions Gallimard. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

Nu com Sapatos Rosa, 1900. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: DR. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção particular. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

14.

Auto-retrato, 1900. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Georges Meguerditchian/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

15.

A Sesta, 1905. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Merzbacher Kunststiftung. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, Zurique. Colecção Merzbacher Kunststiftung, Zurique. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

16.

Luxo I, 1907. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Philippe Migeat/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

17.

Janela Francesa em Collioure, 1914. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Philippe Migeat/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

18.

Figura Decorativa num Fundo Ornamental, 1925/1926. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci/Philippe Migeat/Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Musée national d’Art Moderne, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

19.

Mulher com Véu, 1927. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © 2020. Digital image, The Museum of Modern Art, New York/Scala, Florence. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Museum of Modern Art, New York. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

20.

Nu Sentado, 1922/1929. Henri Matisse, (1869-1954). Bronze. Fotografia: © Musée départemental Matisse, Adam Rzepka. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Musée départemental Matisse, le Cateau-Cambrésis. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

21.

Interior com Samambaia Negra, 1948. Henri Matisse, (1869-1954). Óleo sobre tela. Fotografia: © Fondation Beyeler, Riehen/Basel, Collection Beyeler. Fotografia: Robert Bayer. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Fondation Beyeler, Riehen/Bâle, Collection Beyeler. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

22.

Verve, n°8, 1940. Henri Matisse, (1869-1954). Revista. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci, Bibliothèque Kan- dinsky / Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

23.

Verve, n°13, 1945. Henri Matisse, (1869-1954). Revista. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci, Bibliothèque Kan- dinsky / Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

24.

Verve, n°21/22, 1948. Henri Matisse, (1869-1954). Revista. Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci, Bibliothèque Kandinsky / Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

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Capa para Obras Recentes, Catálogo da Exposição, Musée National d’Art Moderne, Paris, 1949 Henri Matisse, (1869-1954). Fotografia: © Centre Pompidou, Mnam-Cci, Bibliothèque Kan- dinsky / Dist. Rmn-Gp. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse. Colecção Centre Pompidou, Bibliothèque Kandinsky, Paris. Cortesia Centre Pompidou, em Paris.

Para celebrar o 150º aniversário do nascimento de Henri Matisse (1869-1954), o Centre Pompidou, em Paris presta homenagem ao artista por meio da exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”, com mais de 230 obras e 70 documentos. Matisse uma vez escreveu que "a importância de um artista é medida pelo número de novos sinais que ele introduziu na linguagem da arte." Ao longo da sua vida, ele foi sempre um artista inovador. A mostra apresenta nove temas, onde destaca  os primeiros dias do jovem artista, que chegou tarde à pintura na década de 1890, até à libertação total de linhas e cores com os recortes de guache que ele produziu nos seus últimos anos.

Pela primeira vez, cerca de cem obras da colecção do Musée National d’Art Moderne (MNAM) são expostas ao lado de outros trabalhos também exibidos. Este acervo mais significativo das obras de Matisse pela sua importância e abrangência, apresenta as técnicas mais exploradas e aprofundadas por Matisse. Para este evento comemorativo, a colecção do Musée National d’Art Moderne (MNAM) foi complementada com obras notáveis de outros museus franceses, tais como os museus Matisse em Cateau-Cambrésis e Nice, assim como a belíssima colecção Matisse do museu em Grenoble, incluindo a célebre Natureza-Morta com Beringelas (1911), excepcionalmente cedida para a exposição.

Estes trabalhos são as obras-chave, das principais colecções francesas e internacionais, públicas e privadas, que ilustram o percurso de Matisse por mais de cinco décadas e algumas das páginas mais significativas da história de arte moderna.

Fazendo referência ao título do livro de Louis Aragon, “O Romance de Henri Matisse,” (1971), a exposição “A Obra de Matisse, como um Romance” revê o seu princípio de destacar a obra do artista, procurando, como no livro, encontrar os vários capítulos. Cada uma das nove sequências da exposição é iluminada pela visão dum escritor sobre a obra de Matisse, como Louis Aragon e outros autores, como Georges Duthuit, Dominique Fourcade, Clement Greenberg, Charles Lewis Hind, Pierre Schneider, Jean Clay e o próprio Henri Matisse. A exposição evidenciando esses escritores, críticos e poetas, questiona a relação de Matisse com a escrita - do vocabulário plástico à palavra.

No livro de Aragon, o autor traçou as diferentes práticas de Matisse ao longo da sua carreira, como pintor, escultor, desenhista e gravador, até as suas primeiras obras realizadas na década de 1890. Cada técnica ofereceu a Matisse uma forma diferente de “escrever” conforme a sua experiência. Ao longo da sua vida, Matisse também fez questão de lançar luz sobre o seu próprio processo criativo. Com efeito, Matisse explicava muitas vezes a sua arte: “uma pintura “fauve” é um bloco de luz formado pela harmonia de várias cores, criando assim um espaço que é possível para o espírito (semelhante, ao que eu sinto, quando oiço um acorde musical) (....) ”. Matisse durante o seu período “fauve” (1905/1906), aventurou-se numa reformulação radical da cor e do desenho.

Essa revolução foi reconfigurada na década de 1910 nas obras em que se concentrou em ideias utilizando uma parte decorativa. A pintura “O Interior com Beringelas”, 1911, é o único dos seus “Interiores Sinfónicos” a ser preservado em França, é um exemplo notável. Esta nova “linguagem da arte”, como ele a chamou, não foi, contudo, divulgada como estilo nos anos 1910. O pintor procurava experimentar várias tendências estilísticas, que existiam na época, como o cubismo. Um excelente exemplo é “A Cabeça Branca e Rosa” (1914). Em 1917, Matisse partiu para Nice e na década seguinte, abandonou a dimensão experimental da arte oscilando constantemente à beira da abstração, optando por revisitar um assunto modelado pela luz.

O foco literário na obra de Matisse deu uma nova viragem na década de 1930, quando o pintor explorou a ilustração do livro em Poemas de Stéphane Mallarmé. Esses desenhos influenciaram algumas telas importantes neste período, como “Ninfa na Floresta” (La Verdure) (1935/1943). Em 1947, Matisse produziu o “Jazz”, apresentando uma mistura de formas e palavras, guaches recortados e textos escritos à mão. A natureza expansiva da cor e do preto e branco reflecte-se no diálogo íntimo entre os seus “Interiores em Vence” e os desenhos a pincel. Por último, mas não menos importante, os seus vitrais brilhantes e desenhos em azulejos produzidos nos seus últimos anos para a Capela do Rosário em Vence, evocam mais uma vez a migração sem fim entre a arte e a escrita no que Matisse viu como um grande livro aberto no espaço.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

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Vista Geral da Exposição “A Obra de Matisse, como um Romance”. Galeria 1, Centre Pompidou, Paris 21 de Outubro de 2020 – 22 de Fevereiro de 2021. Fotografia: Bertrand Prévost. Créditos da imagem: © Succession H. Matisse, © Centre Pompidou.

Biografia

Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu a 31 de Dezembro de 1869, em Le Cateau-Cambrésis, região do Nord-Pas de Calais, e cresceu em Bohain-en-Vermandois, na região da Picardia.

Em 1887, foi para Paris para estudar Direito, trabalhando como um administrativo do tribunal de Le Cateau-Cambrésis. Quatro anos depois mudou-se para Paris, onde estudou na École des Arts Décoratifs e no atelier de Gustave Moreau.

 Inicialmente, pintava naturezas-mortas e paisagens num estilo tradicional flamengo. Chardin foi um dos pintores mais admirados por Matisse. Como estudante de arte, fez quatro cópias de pinturas de Chardin no Louvre. Em 1896, exibiu cinco pinturas no salão da Sociedade Nacional de Belas Artes e o estado comprou dois dos seus trabalhos. Em Luxemburgo, a partir de 1897, começou a interessar-se pelo Impressionismo. Em 1897 e 1898, visitou o pintor John Peter Russell na Belle-Isle, na costa da Bretanha. Russell introduziu-o no impressionismo e mostrou-lhe o trabalho de Van Gogh). O estilo de Matisse mudou completamente. Mais tarde, diria: "Russell foi meu professor e  explicou-me a teoria da cor."

Numa semana em que visitou Londres, conheceu a pintura de William Turner, que também viria a influenciá-lo, após o conselho de Camille Pissarro.

Em 1901 expôs no Salão dos Independentes e participou pela primeira vez do Salão de Outono em 1903. Numa exposição realizada em 1904 em Ambroise Vollard não obteve grande sucesso. No ano seguinte, juntamente com o grupo, expôs no salão de Paris, mas dessa vez o grupo foi reconhecido como os “fauves” e Matisse como líder. Outra parte do público ficou escandalizada com as cores violentas e puras das suas obras.

As várias viagens que realizou nesse período foram inspiradoras para o seu trabalho. Matisse visitou a Argélia, Itália, Alemanha, Marrocos, Rússia, Estados Unidos e Taiti.

Desde 1904, Matisse trabalhou parte de cada ano no Sul, em Saint-Tropez e Collioure e, mais tarde, em Espanha e em Marrocos.

Em 1909 expôs em Moscovo e, em 1910, realizou uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram a sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova Iorque, e em 1920 realizou a cenografia e os figurinos para a obra de Strawinsky “Canto do Rouxinol,” montada pelos Ballets Russos de Diaghilev.

Matisse na sua primeira fase mostrava-se como um descendente directo de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas também teve influências de Gauguin, Van Gogh e Signac, que o levaram a tratar a cor como elemento de composição. 

Em 1904/1905, a obra "Luxo, calma e voluptusidade" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa do " Aparador, harmonia vermelha" pintura fauvista, mostrava que Matisse já tinha um estilo próprio. 

Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.

Ao explorar ora o ritmo das curvas, como "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e as zonas planas, como a "Grande natureza morta com beringelas" (1911/1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não fosse a percepção    de uma harmonia plástica. A sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.

O pintor já liberto do “fauvismo”, mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece na "Blusa romena" e na série das "Odaliscas", de 1918.

Desta última série destaca-se a pintura Odalisca de Vermelho, obra que permite observar que os temas e ambientes africanos continuam a influenciálo. Na maioria de tais obras aparece uma figura seminua sobre um divã. De um modo geral, as carnações apresentam tonalidades rosadas fortes, que se integram harmoniosamente no conjunto da pintura, uma vez que o artista recorria com preferência às cores vivas e quentes para representar os objectos e elementos decorativos do ambiente circundante. 

Em 1927, organizou uma retrospectiva em Nova Iorque. De volta a Paris, trabalhou na ilustração de um romance de James Joyce, Ulisses, e também criou os figurinos dos ballets russos de Monte Carlo.

Em 1941, adoeceu e sem poder viajar, utilizou experiências recolhidas nas suas viagens para aperfeiçoar a sua originalidade. A sua enfermeira, Monique Bourgeois, aceitou ser sua modelo. Nesse período, Matisse inventou a técnica de "desenho com tesoura", quando também implementou a série Jazz.

Na sua fase final, o artista voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os “papiers collés” ou “gouaches découpées” (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram o Jazz (1947) e um livro com as suas impressões sobre a arte e a vida. 

Henri Matisse foi também escultor e ilustrador. Em 1944, ilustrou as “Flores do mal”, de Baudelaire, e as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a Mariana Alcoforado, e ainda Les Amours, de Pierre Ronsard.

Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitectónica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa a sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa. Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de Novembro de 1954.

Henri Matisse (1869-1954) exerceu grande influência na pintura do século XX e Picasso considerava-o um grande rival. Mas as suas maiores influências foram a arte muçulmana, as gravuras japonesas e Cézanne.

A arte de Matisse é caracterizada por traços de arabesco do desenho, cores finas, formas planas, já que usava o tema da composição apenas como elemento secundário.

A mostra evidência a mestria da cor e da luz nas pinturas de Matisse e a sua relação com os têxteis, os objectos, a arte Africana e Islâmica, como ponto de inspiração na sua obra. 

Este evento apresenta um novo olhar sobre a arte deste pintor, que destaca esse seu dom de saber explorar a cor, utilizar a padronagem e as várias texturas dos seus objectos e ainda a sua paixão por eles.

O historiador de arte, Argan dizia que a obra de Matisse era feita para decorar a vida dos homens. Nas suas pinturas gostava de motivos repetitivos, usava formas curvas e cores variadas e também inventou a técnica do "desenho com tesoura".

 

Theresa Bêco de Lobo

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